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Segunda - 16 de Maio de 2011 às 02:29

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Cuiabá, cidade-sede da Copa de 2014, não tem tradição e tampouco políticas públicas regionais voltadas aos esportes. Há décadas os times cuiabanos não disputam competições nacionais, as escolinhas de futebol abertas nos bairros sobrevivem a duras penas, algumas com a ajuda de entidades organizadas. Já os ginásios esportivos estão abandonados, com algumas exceções.

Durante esta semana, a reportagem do Diário visitou diversos ginásios, algumas escolinhas de futebol e entrevistou professores, estudantes e pais de estudantes. O ginásio Dom Aquino, no bairro do mesmo nome, que já foi um dos mais importantes espaços esportivos na Capital, está ocioso.

O piso da quadra está danificado, com dezenas de buracos que podem lesionar seriamente os atletas em quedas simples, os banheiros não oferecem as mínimas condições de uso e recentemente ficaram sem água por dias seguidos por causa de um problema de ordem técnico na bomba que joga água da rede térrea para a caixa superior.

Por falta de alunos, algumas escolinhas, como vôlei e handebol, basquete e futsal não estão funcionando, apesar das campanhas feitas nas escolas públicas na tentativa de atrair crianças e adolescentes.

Os professores de educação física lotados no ginásio até fizeram cartazes, levaram aos colégios e outros locais de maior circulação de pessoas e mesmo assim continuam sem alunos suficientes para iniciar as atividades. Apesar da precariedade, o ginásio está sediando algumas partidas dos jogos estudantis e promovendo ginásticas para idosos três dias por semana.

O ginásio do bairro Lixeira, um espaço que sediava grandes eventos esportivos e até políticos, como convenções partidárias, está desativado há anos. Desde a enchente de 2005, quando o rio Cuiabá transbordou e inundou residências ribeirinhas, o local vinha servindo de moradia para dezenas de famílias.

Atualmente, mesmo com a saída dos desabrigados, continua sendo moradia para sem-teto. Agora um único casal, vindo do interior do Estado. Mesmo sem água e luz, Adriano Lima, 24 anos, e a mulher, que preferiu não se identificar, habitam o ginásio há cerca de 4 meses.

No local também pode ser visto um deficiente físico que se locomove em uma cadeira de rodas, que Adriano diz ser primo dele. No momento da visita da reportagem o cadeirante recebia ajuda do primo para tomar banho. A água usada, a exemplo do que acontece diariamente, veio de uma torneira da frente do ginásio ou de vizinhos.

O ginásio Verdinho, no bairro CPA I, está em condições razoáveis de funcionamento. O espaço é bastante usado pela comunidade, tanto escolas como organizações esportivas, independente dos bairros. Entretanto, precisa de reparos nos piso e banheiros, por exemplo.





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