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Sábado - 14 de Maio de 2011 às 09:11
Por: Isa Sousa

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SecomMT
Secretária Roseli Barbosa sugere a criação de uma vara especializada para julgar os crimes
Secretária Roseli Barbosa sugere a criação de uma vara especializada para julgar os crimes

As mães estão em primeiro lugar no perfil dos agressores à crianças e adolescentes em Mato Grosso. Os dados foram reunidos pelos 36 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), que atenderam em 2010, 8.136 crianças e adolescentes.

Após as mães, com 29% das ocorrências, vem os pais, com 20%, e em seguida, "outros", que podem ser namorados, vizinhos ou aliciadores, com 19%. Padrastos ou outros familiares aparecem em quarto lugar, ambos com 10%; em quinto lugar, com 4%, estão avós ou tios e, por último, com 2%, irmãos ou madrastas.

O principal tipo de violência sofrida por crianças e adolescentes mato-grossenses é a negligência, com 3.371 casos. O abuso sexual está em segundo lugar, com 2.136 casos; em seguida aparece a violência psicológica, com 1.359 casos; violência física, com 947 casos; e, em último lugar, exploração sexual, com 296 casos.

Os dados foram divulgados na última quarta-feira (11), pelo Comitê Estadual de Enfrentamento a Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que é subordinado à Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs).

Na ocasião, entre medidas que poderão ser adotadas para reduzir a violência, foi discutido a criação de Promotoria e de uma Vara Especializada na apuração dos crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.

"A sociedade não suporta mais presenciar tantos casos de violência contra crianças e adolescentes, por isso, queremos debater formas efetivas de combater o problema e criar políticas públicas, que sejam prioridade absoluta no Plano Plurianual", disse o presidente do Comitê e também secretário adjunto de Assistência Social da Setecs-MT, José Rodrigues Rocha Júnior.

Da mesma opinião é a secretaria da Setecs, Roseli Barbosa, que afirmou que a criação da Vara seria importante para atender com mais celeridade as denúncias.

"É necessário fortalecer os conselhos tutelares e, como conseqüência, reduzir as denúncias de violência sofrida por crianças e adolescentes", completou.

Perfil do violentado

Conforme a pesquisa realizada pelos Creas de Mato Grosso, são as meninas as que mais sofrem algum tipo de agressão. Enquanto são 44% os meninos agredidos de alguma forma, 56% dos atendimentos são realizados com meninas.

Em relação à idade, 57% dos casos ocorrem com crianças ou adolescentes de 7 à 14 anos; 23% com crianças de 0 à 6 anos e, por fim, 20% ocorrem com adolescentes de 15 à 18 anos.

Pela raça, a maioria dos agredidos é da cor parda, com 47%. Em seguida vem os brancos, com 33%, e por fim, negros, com 20% das agressões.

De todos os 8.136 atendimentos realizados no Estado em 2010, o maior número teve origem de conselhos tutelares, seguido por "outros", que podem ser escola, Instituto Médico Legal (IML), vizinho ou alguma unidade de saúde (15%); juizado da infância e juventude (14%); Polícia Civil (7%) e família (5%).






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