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Policia MT
Sábado - 14 de Maio de 2011 às 09:08

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A Corregedoria Geral da Polícia Civil concluiu o inquérito policial da prisão em flagrante do investigador Edivaldo Santos Moraes, o “Montanha”, ocorrida no dia 3 de maio em Cuiabá. Preso em flagrante por extorsão e tráfico de drogas, ele está no Presídio de Santo Antônio de Leverger, onde funciona uma cadeia militar. As investigações apontam que os 14,5 quilos de maconha apreendidos com o policial foram tomados por ele de um traficante na região do CPA.

Com a droga na viatura descaracterizada, o investigador foi receber o dinheiro de uma mulher acusada de tráfico que fingiu pagar R$ 3 mil para não ser presa por causa da prisão preventiva decretada contra ela. A maconha seria negociada em seguida.

Segundo o corregedor-geral, Gilmar Dias Carneiro, o policial responde pelos crimes de transporte de droga, concussão qualificada pelo concurso de agentes (extorsão praticada por agente público) e resistência à prisão.

A Corregedoria também já expediu portaria para instauração do processo administrativo contra o policial, que pode resultar na exoneração do investigador, por se tratar de falta de quarto grau (grave).

A prisão do policial ocorreu no dia 3 de maio à tarde, em local próximo à ponte Sérgio Mota, do lado de Várzea Grande, após o policial receber a propina e colocá-la na jaqueta. Assim que saiu com a viatura, foi seguido pelos outros policiais. O investigador praticou o crime de concussão (que é praticado por um funcionário público aproveitando-se do cargo) e tráfico de drogas, que é mais grave.

O policial procurou uma pessoa que está com a prisão preventiva decretada pela Justiça e, para que não fosse presa, deveria pagar-lhe uma certa quantia em dinheiro. A pessoa, então procurou o Gaeco, que entendeu se tratar de concussão, mas precisava de uma prova para dar materialidade ao crime.

A vítima de corrupção, então marcou um local próximo à ponte Sérgio Motta, em Cuiabá. Lá, com uma câmera oculta, gravou a entrega do dinheiro ao policial, que saiu do local na viatura. Em seguida, os policiais abordaram Montanha, que ainda tentou resistir à prisão. “Ele chegou a tirar a jaqueta para descaracterizar o crime”, explicou Paulo Prado, coordenador do Gaeco que coordenou a prisão do policial. (AR)





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