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Internacional
Quinta - 12 de Maio de 2011 às 19:18

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As forças de segurança do Iêmen mataram em 24 horas 19 manifestantes contrários ao presidente Ali Abdullah Saleh, suscitando apelos da oposição nesta quinta-feira para que árabes, europeus e americanos "detenham a matança".

Os confrontos mais violentos foram registrados em Sanaa, onde as forças de segurança e partidários do regime dispararam contra milhares de manifestantes na quarta-feira, matando 12 deles e ferindo por volta de 230, segundo fontes médicas.

Os manifestantes deixaram a Praça da Mudança, onde estão acampados desde 21 de fevereiro, em direção à sede da Presidência do Governo.

As forças de segurança dispararam contra eles quando estavam a 200 metros do edifício ao lado do prédio da rádio nacional, segundo testemunhas.

"O povo quer ir ao palácio do presidente", indicaram várias pessoas. A Presidência do governo fica localizada muito próxima da sede da Presidência do Iêmen.

De acordo com uma testemunha, "franco-atiradores" também "atacaram os manifestantes".

Em outras cidades, os manifestantes foram a edifícios oficiais e quatro deles foram mortos a tiros pelas forças de segurança.

Duas pessoas morreram em Taez, foco da revolta ao sul de Sanaa, uma em Hodeida (oeste) e outra em Dhamar (100 quilômetros ao sul de Sanaa).

Nesta quinta-feira, três pessoas que protestavam contra o regime iemenita foram mortas por partidários do presidente Saleh em Bayda, 210 quilômetros a sudeste de Sanaa, segundo testemunhas e fontes da oposição.

"Franco-atiradores postados no teto da sede do Congresso Popular Geral (CPG, governista) dispararam contra manifestantes que destruíam imagens do presidente Saleh" em Bayda, indicaram as testemunhas.

Fontes da oposição confirmaram essas informações e indicaram que outros sete manifestantes ficaram feridos.

A repressão ao movimento de protesto contra o regime iemenita deixou pelo menos 176 mortos desde o final de janeiro em todo o país, segundo um cálculo realizado pela AFP a partir de diferentes fontes.

A oposição parlamentar pediu aos "países do Golfo, da Liga Árabe e aos amigos na Europa e nos Estados Unidos que intervenham para deter os massacres cometidos pelas forças de Saleh contra manifestantes pacíficos".

Em resposta, os Estados Unidos condenaram nesta quinta-feira a violência das forças de segurança e pediram uma transição "imediata" no Iêmen.

Washington "está muito preocupado com a recente violência no Iêmen, e se une (à União Europeia) para condenar duramente estas ações", ressaltou o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, em um comunicado.

Os Estados Unidos exigem que todas as partes "assinem e executem os termos de um acordo que assegure uma transição ordenada e pacífica do poder"





Fonte: AFP

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