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Agronegócios
Quinta - 12 de Maio de 2011 às 15:52

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O 5ºth ICEP - Colóquio Internacional sobre Celulose de Eucalipto, em Porto Seguro, Bahia, realizado pela UFV - Universidade Federal de Viçosa e SIF (Sociedade de Investigações Florestais), que começou na segunda-feira (9) e termina na próxima quinta-feira(12), coloca em debate vários temas importantes do setor de celulose e papel. Um dos destaques foi a sustentabilidade do setor florestal, debatido pelo professor  Celso Foelkel, diretor da ABTCP (Associação Brasileira T"écnica de Celulose e Papel) e sócio da consultoria Grau Celsius. Para o pesquisador,  o Brasil está à frente na questão da sustentabilidade e as empresas brasileiras - na opinião dele - aos poucos estão se adaptando. Segundo Foelkel, hoje quando uma empresa vai fazer aquisição de um novo equipamento ou alguma alteração em sua tecnologia, ou ainda construir uma nova fábrica, ela já buscou as tecnologias necessárias para cada área."O que falta talvez seja uma busca mais dedicada à ecoeficiência, ou seja, eu tenho uma fábrica e desta eu posso fazer muito melhor do que apenas opera-lá. Eu posso excedê - los, ainda que o órgão ambiental diga qua a fábrica é bem melhor que os parâmetros desejados", compara acrescentando que é possível ter fábricas operando em condições melhores do que elas operam hoje. "Agora de quem depende isso? Basicamente e diretamente do conselho máximo da empresa. Desta forma, nós temos condições de crescer e melhorar muito a cultura de ecoeficiência no setor florestal", disse Celso. O palestrante falou também sobre a questão dos resíduos sólidos no setor de celulose e papel. Para ele, as empresas  brasileiras se encontram em um patamar muito positivo. "Temos empresas que fazem uma boa compostagem, que têm estações excelentes. Mas eu sempre digo para as empresas que a estação de compostagem pode ser bem pequena. Tem que se reduzir na fonte, onde eles estão perdendo fibra, serragem, minerais, cal virgem. Se eu trabalho estas pontes, eu não gero mais e a minha necessidade de jogar resíduos em aterros diminui drasticamente", explica. Celso Foelkel disse que a  fábrica de seus sonhos é aquela que não terá cheiro, nem fumaça, barulho, com poucos resíduos e que vai até gerar curiosidade nas pessoas se está trabalhando ou parada. "Eu sempre digo que fumaça e cheiro na fábrica não é cheiro de dinheiro", falou o pesquisador.

Doenças nas florestas brasileiras

Outro assunto debatido nesta terça-feira (10) foi a doença nas florestas brasileiras. O eucalipto é uma cultura que envolve alto investimento. Mas, a  cultura pode ser atacada por diversas doenças que causam graves danos como redução de produtividade da floresta e danos na qualidade da madeira, o que pode diminuir seu volume em até 85% . A pior delas atualmente no Brasil é a murcha de ceratocystis causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata, que está atacando o País  de Norte a Sul. A redução de produtividade é de cerca de 58%. Durante o colóquio, o pesquisador Acelino Couto Alfenas, professor na área de patologia florestal da Universidade Federal de Viçosa analisou as doenças do eucalipto e apontou que a principal medida que pode ser tomada é o plantio de clones resistentes. "Para se minimizar o risco é preciso  plantar material resistente", apresentou. Segundo ele,  hoje as empresas produzem os clones, mandam os materiais para a universidade, onde este material é inoculado sobre condições controláveis e aí recebem a informação dos clones, ou seja,  quais são suscetíveis a doenças e quais são resistentes. "Tem se ali um perfil de todos os clones", conclui Acelino.






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