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Internacional
Quinta - 12 de Maio de 2011 às 13:25

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O Banco Central da China anunciou nesta quinta-feira um novo aumento do depósito compulsório dos bancos em 0,5%, em mais uma ação para conter a inflação do país.

O oitavo acréscimo desde outubro no depósito compulsório levará a taxa para os maiores bancos chineses ao recorde de 21%. A taxa final do compulsório varia de acordo com o porte da instituição, mas o aumento foi o mesmo para todas.

A medida entra em vigor a partir de 18 de maio, segundo o bc chinês. O aumento da taxa terá o efeito de reduzir o excesso de liquidez-- ou seja, de dinheiro na economia-- que ajuda a aumentar a inflação.

Somente neste ano, este é o quinto aumento das taxas do compulsório na China. Os depósitos compulsórios são os depósitos que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central, o que evita que esse dinheiro seja devolvido para a economia na forma de crédito.

A inflação na China desacelerou ligeiramente em abril, o que demonstra que as medidas para conter a escalada dos preços tomadas desde outubro passado estão surtindo algum efeito.

INFLAÇÃO

Os preços ao consumidor subiram 5,3% em 12 meses até abril, contra a inflação anual até março de 5,3%. O resultado indica, para analistas, que a pressão inflacionária pode se reduzir na segunda metade de 2011, com a expectativa de que a inflação de alimentos vai desacelerar.

O percentual de alta ainda é elevado. Mas a desaceleração já é um sinal positivo. Os maiores responsável pela escalada dos preços foram os alimentos, que subiram 11,5% no indicador anual até abril, contra 11% em março. Mas na comparação mensal de abril para março, os alimentos caíram 0,4%.

As medidas para controlar a inflação tiveram o efeito de desaceleração econômica. A produção industrial chinesa cresceu 13,4% em abril se comparado com o mesmo mês do ano passado. O resultado foi mais de um ponto percentual menor que o crescimento de março.

As vendas no varejo também se desaceleraram enquanto a quantidade de dinheiro circulando na economia e o crédito em yuan atingiu o menor nível em 29 meses_ outro sinal de que as medidas para conter a inflação estão surtindo efeito. As vendas no varejo cresceram 17,1% em abril, menos que o crescimento de 17,4% em março.

Os resultados desta quarta-feira levantam uma discussão sobre se o banco central chinês pode começar a reduzir as medidas de aperto monetário. Mas as ações devem continuar já que a inflação ainda está acima do desejado pelo governo chinês.

O alvo da inflação na China é de 4% e o governo já declarou que o controle da inflação é a maior prioridade da política econômica.

CRESCIMENTO

O Produto Interno Bruto da China alcançou 9,63 trilhões de yuans (US$ 1,67 trilhão) no primeiro trimestre deste ano, alta de 9,7% com relação ao mesmo período de 2010, informou nesta sexta-feira o Bureau Nacional de Estatísticas.

O crescimento se manteve praticamente no mesmo nível do trimestre anterior, quando foi de 9,8%. Em 2010, o PIB chinês avançou 10,3%, tornando a China a segunda maior economia do planeta, à frente do Japão.

O Governo chinês fixou como objetivo para este ano crescer cerca de 8%, enquanto enfrenta desafios como a crescente inflação e a persistente bolha imobiliária.

No primeiro trimestre de 2011, a produção industrial avançou 14,4%, enquanto o investimento em ativos fixos ascendeu a 3,94 trilhões de yuans (US$ 603,3 bilhões), uma alta de 25% na comparação anualizada.

As vendas a varejo, principal indicador do consumo, chegaram a 4,29 trilhões de yuans (US$ 656,9 bilhões), alta de 16,3% com relação ao primeiro trimestre de 2010.






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