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Economia
Quarta - 11 de Maio de 2011 às 15:38

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O investidor não mostra disposição para emendar um quarto dia de ganhos na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e vende suas ações, numa sessão marcada também pela forte desvalorização das commodities: o barril de petróleo cede em torno de 4% na praça de Nova York, novamente abaixo da marca de US$ 100.

Os indicadores da economia chinesa, principal "evento" do dia, não tiveram uma recepção entusiasmada dos agentes financeiros, de olho na inflação do gigante asiático. Nos EUA, o indicador divulgado hoje veio pior do que o esperado. E na Europa, prossegue o suspense em torno um novo resgate financeiro para a Grécia, em meio a manifestações populares e uma greve nacional no país mediterrâneo.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, perde 1,63%, aos 63.822 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,5 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cai 1,16%.

O dólar comercial é negociado por R$ 1,624, em alta de 1,18%. A taxa de risco-país marca 168 pontos, número 3,06% acima da pontuação anterior.

O deficit comercial dos EUA atingiu US$ 48,2 bilhões em março, o maior desde junho de 2010, acima das expectativas de US$ 47 bilhões do setor financeiro. Segundo relatório do governo americano divulgado hoje, as importações subiram quase 5% com a alta do petróleo. Para alguns analistas, será necessário revisar (para menos) as projeções de crescimento da economia no primeiro trimestre.

A inflação medida pelo IGP-M (primeira estimativa) foi de 0,70% em maio ante variação de 0,55% apurada no mesmo período de abril. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 10,06%.

No front corporativo, o grupo JBS (setor frigorífico) anunciou um lucro de R$ 147 milhões para o primeiro trimestre de 2011, em um resultado 47,9% acima dos ganhos apurados um ano antes.

E ontem à noite, a companhia aérea Gol revelou um lucro líquido de R$ 31,9 milhões para o primeiro trimestre deste ano, ante R$ 23,9 milhões apurados no mesmo período em 2010.

CHINA

Os dados divulgados por Pequim mostraram uma economia crescendo a ritmo moderado, com taxas de inflação pouco abaixo do previsto. Segundo analistas, se os números não animam muito, tampouco devem reforçar a aversão ao risco dos agentes financeiros.

Enquanto a produção industrial subiu 13,4% (taxa anualizada), ante previsões de 14,5%, as vendas do setor varejista expandiram 17,1%, quando se esperava 17,6%. A inflação ao produtor teve alta de 6,8% (taxa anualizada), quando economistas estimavam 7,3%; a inflação ao consumidor foi de 5,3%, e o consenso das projeções apontava uma variação de 5,2%.






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