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Internacional
Quarta - 11 de Maio de 2011 às 15:14

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O governo da França se recusou nesta quarta-feira a receber a ex-mulher do belga Marc Dutroux, condenado à prisão perpétua por sequestrar e violentar seis meninas e adolescentes, além de ser responsabilizado pela morte de quatro delas, nos anos 1990.

A francesa Michelle Martin foi presa na Bélgica em 1996, acusada de ajudar Dutroux a sequestrar as garotas. Condenada em 2004 a 30 anos de prisão, ela ganhou liberdade condicional no início desta semana, por já ter cumprido metade de sua pena.

A defesa de Martin pretendia que ela fosse transferida para um convento na França, mas o ministro da Justiça francês, Michel Mercier, afirmou nesta quarta que o governo de seu país não tem a intenção de receber a ex-mulher de Dutroux.

"Nós não recebemos pedido por parte da Bélgica. Se for o caso, aplicaremos a convenção em vigor entre a Bélgica e a França, nós veremos isto (se ocorrer), mas não pretendo dizer que sim, da minha parte", disse o ministro.

REFLEXÃO

Segundo a lei belga, Martin deverá continuar presa até que outra solução seja encontrada para o seu caso.

Jean-Denis Lejeune, pai de uma das vítimas de Dutroux, disse à Rádio France Inter que entende o direito que a lei dá à ex-mulher de Dutroux de tentar sair da prisão, mas afirmou que certas pessoas devem permanecer banidas do convívio social.

"Me desculpe, mas este tipo de pessoa não tem lugar na sociedade e deve pelo menos passar algum tempo a mais refletindo no escuro", disse.

Dutroux, o mais infame pedófilo da Bélgica, foi condenado à prisão perpétua em 2004. Suas seis vítimas tinham idades entre oito e 19 anos.






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