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Internacional
Quarta - 11 de Maio de 2011 às 11:48

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O senador dos EUA John Kerry vai viajar até o Paquistão nos próximos dias para colocar a relação entre os dois países "no caminho certo" depois que a morte de Osama bin Laden em um ataque surpresa de uma unidade especial das forças dos EUA, mas ele deve enfrentar a fúria do Exército sobre o que eles veem como uma violação de confiança.

Kerry, um democrata que é próximo da administração Obama, disse que espera todos "políticos principais" do Paquistão para discutir a desgastada relação bilateral depois da operação que matou o líder da Al Qaeda em seu esconderijo no Paquistão.

"Um grande número de pessoas sugeriu que seria bom reiniciar o diálogo para ver como nós voltaremos para o caminho certo", disse Kerry, chairman do comitê de Relações Exteriores do Senado, a repórteres em Washington.

Co-autor de um projeto de lei de 2009 que triplicou a assistência não militar a Islamabad, Kerry é visto como um amigo do país, mas ele deve enfrentar a ira do poderoso establishment de segurança que se sentiu constrangido pela ação unilateral dos EUA em solo paquistanês.

Facções de militantes incluindo a Al Qaeda de Bin Laden juraram vingar a sua morte e duas granadas de mão foram lançadas contra o consulado da Arábia Saudita na cidade paquistanesa de Karachi, mas ninguém ficou ferido segundo a polícia.

A Al Qaeda se opõe violentamente ao governo saudita, mas a polícia de Karachi disse que ainda era muito cedo para dizer se a ação estava relacionada com a morte do chefe militar nascido na Arábia Saudita.

Uma autoridade de segurança do Paquistão disse que a operação dos EUA para matar Bin Laden deixou o Exército e a agência de espionagem e inteligência (ISI, da sigla em inglês) --que tem um longo histórico de contatos com militantes-- "desacredita aos olhos do público".

"Estamos muito irritados com esta violação de confiança", disse a autoridade que exigiu que seu nome não fosse divulgado. "O espaço para cooperação com os norte-americanos em operações militares e de inteligência foi encolhido por conta deste caso."

A cooperação paquistanesa é crucial para os esforços de Washington no combate aos militantes islâmicos e para trazer estabilidade ao Afeganistão. Por isso, o governo dos EUA parece empenhado em minimizar as conseqüências do ocorrido.





Fonte: Reuters

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