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Internacional
Quarta - 11 de Maio de 2011 às 07:46

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De olho em um eleitorado estratégico para sua reeleição no ano que vem, o presidente Barack Obama deixou claro ontem que afrouxou o cerco a imigrantes latinos ilegais, desde que nunca tenham sido condenados por outros crimes nos EUA.

Ele defendeu um processo que não começou agora, mas foi acelerado em sua gestão: o de orientar os agentes de imigração para remover criminosos e livrar da deportação estudantes e trabalhadores comuns.

Os latinos são 16,3% da população americana e um dos grupos que mais crescem no país. Os que vivem legalmente costumam votar nos democratas.

Ao mesmo tempo, Obama lembrou que as deportações aumentaram em seu governo -chegaram ao recorde de 393 mil em 2010.

"Eu sei que aumentar as deportações é uma fonte de controvérsia", disse ele em discurso em El Paso (Texas), próximo à fronteira com o México.

"Mas quero enfatizar que não estamos fazendo isso aleatoriamente: estamos focando nossos recursos limitados em criminosos violentos, não em famílias, não em pessoas que só estão tentando arranjar uma renda".

Segundo Obama, essa reorganização das operações contra ilegais aumentou em 70% as deportações de criminosos dos EUA.

Na semana passada, o governo federal chegou a emitir um memorando para distritos escolares americanos alertando que é ilegal buscar informações que levem ao status migratório de crianças que tentam se matricular.

FOSSO

A estratégia tem dois propósitos. O primeiro é facilitar a vida dos que seriam contemplados com uma abrangente reforma migratória enquanto as disputas políticas não permitem que ela seja realizada no Congresso.

O segundo é dar uma resposta à pressão dos opositores à reforma, que usam estatísticas de ilegais (também chamados de "indocumentados") que cometem crimes para pregar contra a naturalização de imigrantes.

Obama ainda defendeu a reforma como trunfo para melhorar a competitividade e a economia do país, dizendo que é vantagem reter os melhores cérebros do mundo nos EUA.

O presidente elevou as críticas aos republicanos, que culpou pela demora em um acordo para a reforma.

Afirmou que seu governo cumpriu todas as exigências -aumentou o número de guardas de fronteira, os serviços de inteligência e até o polêmico muro para isolar o México-, e elas não foram suficientes para facilitar o diálogo. "Daqui a pouco, vão pedir um fosso com crocodilos", disse.






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