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Policia MT
Quarta - 11 de Maio de 2011 às 07:25
Por: Antonielle Costa

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Segundo MPF, magistrado determinou que delegado Pieroni acompanhasse exumação; diretoria vetou
Segundo MPF, magistrado determinou que delegado Pieroni acompanhasse exumação; diretoria vetou

Inscrito na disputa para promoção ao cargo de desembargador pelo critério de antiguidade, o juiz Pedro Sakamoto foi o responsável pela decisão que autorizou a exumação do cadáver do juiz Leopoldino Marques do Amaral, em 2006. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o fato foi a primeira "farsa" montada para levantar dúvidas sobre a morte do magistrado.

Sakamoto é citado várias vezes na decisão em que o juiz Paulo Sodré, da 7º Vara Federal de Cuiabá, determinou a prisão do delegado Márcio Pieroni e do empresário Josino Guimarães, anteontem. Josino é acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino.

O juiz colheu o depoimento de Beatriz Árias (condenada por envolvimento no crime), onde ela teria revelado que o magistrado estava vivo e morando na Argentina.

Ao Ministério Público Federal no último dia 2, em depoimento, ela afirmou que Pieroni foi buscá-la em sua residência por volta das 19h, para que se dirigisse até o Fórum de Cuiabá, visando falar em juízo sobre o fato de o juiz estar vivo.

De acordo com os relatos do MPF, na sala de audiência estavam o juiz Pedro Sakamoto, o escrivão, que época era seu filho, e o delegado Pieroni. Ao Ministério Público, Beatriz Árias afirmou que jamais disse perante ao juiz que Leopoldino estava vivo, mas que isso foi colocado no depoimento.

Em seguida, ela afirmou que foi deixada em casa pelo delegado, que, por sua vez, afirmou que a oitiva já era suficiente para exumar o corpo do magistrado.

Logo depois, Sakamoto decidiu autorizar a exumação do cadáver e determinou que a diligência fosse acompanhada por Pieroni. O delegado não acompanhou a exumação por conta de uma intervenção da Diretoria-geral da Polícia Civil, que nomeou outro delegado. Márcio Pieroni não detinha competência para atuar no caso, já que exercia atuava, à época, na Delegacia de Meio Ambiente.

Sakamoto figura em quarto lugar na lista de antiguidade e pode ser eleito ao cargo de desembargador, uma vez que há duas vagas em aberto. A primeira deve ser preenchida pelo juiz Luiz Carlos, que figura em primeiro lugar na lista.

A juíza Graciema Caravellas e o juiz Círio Miotto figuram em segundo e terceiro colocados, respectivamente, mas devem ser impugnados pelos membros do tribunal.






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