O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, negou as acusações feitas pelo ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol (FA), David Triesman, de que o brasileiro teria pedido favores em troca de seu voto para a candidatura inglesa para a Copa do Mundo de 2018, e afirmou que vai abrir um processo pelas "absurdas declarações".
Triesman, que falou nesta terça em uma comissão do Parlamento britânico que questiona as razões para a derrota da Inglaterra em sua tentativa de sediar o Mundial, acusou Teixeira e mais três integrantes do comitê executivo da Fifa de terem pedido favores em troca de votos.
Segundo Triesman, Teixeira lhe perguntou: "o que você pode fazer por mim?". Os outros acusados são Nicolás Leoz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Jack Warner e Worawi Makudi.
Em nota publicada no site da CBF, Teixeira afirmou que uma delegação inglesa pediu voto em um encontro em abril de 2010, mas que Triesman não participou da reunião realizada na sede da CBF.
O dirigente acrescentou que, assim como as outras confederações da América do Sul, o voto foi declarado com antecedência na candidatura Espanha/Portugal para o Mundial de 2018, que acabou sendo vencido pela Rússia.
"Em virtude desses fatos, o presidente da CBF já está tomando as medidas judiciais cabíveis, com processo contra o senhor David Triesman, pelas absurdas declarações, que na verdade tentam esconder o seu fracasso na condução da candidatura da Inglaterra, já que só obteve um voto, além daquele, logicamente, dado por ela mesma", afirmou o comunicado.
O comitê executivo da Fifa, composto por 24 integrantes, é responsável por escolher as sedes dos Mundiais. Dois membros que integram o comitê ¿ Amos Adamu e Reynald Temarii ¿ foram suspensos antes da votação que escolheu as sedes das Copas de 2018 e 2022, em dezembro, por supostamente terem oferecido vender votos a jornalistas que se passaram por lobistas.
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