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Dados apontam que se comparada às capitais do Sudeste, as do Centro-Oeste têm o dobro do número de consumidores regulares de crack e similares
47% dos usuários optam pela ‘pedra’
Em Cuiabá, assim como nas demais capitais do Centro-Oeste, o percentual de usuários de crack, pasta-base de cocaína e similares( adquiridos em forma de pedra) é o dobro de grandes metrópoles do Sudeste(São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais).
Aqui, estima-se que 47% daqueles que fazem uso regular de drogas optam por esses tipos de substância, segundo pesquisa divulgada ontem pela Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz), atendendo solicitação da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), órgão do Ministério da Justiça. O percentual foi usado tomando como base a média regional, já que a pesquisa não divulgou dados específicos de cada capital.
Segundo a estimativa da Fiocruz, em Cuiabá, seriam 12.540 (2,28% da população) usuários de drogas, dos quais 5.893 dependentes das substâncias, o que corresponde aos 47%. Já em capitais do Sudeste e Norte, o crack e similares representam 20% do conjunto de substâncias ilícitas consumidas.
Na cartilha que traz a pesquisa detalhada, os responsáveis pela publicação chegaram a observar que “ao contrário da percepção do senso comum, as estimativas de proporção de usuários de crack e similares não são mais elevadas na região Sudeste, onde, entretanto, o consumo em locais públicos é bastante visível devido à magnitude das suas metrópoles e o tamanho expressivo das grandes cenas de uso, conhecidas como cracolândias”.
Na Grande Cuiabá, o mais recente levantamento da Polícia Militar indicou a existência de sete cracolândias nos bairros do Porto, Centro Histórico (Centro), Alvorada, Areão, Estrada do Moinho, Novo Mato Grosso e no Quilômetro Zero.
Nas capitais e no Distrito Federal, a Fiocruz estima que são 1 milhão de usuários de drogas(excluindo a maconha), dos quais 370 mil já teriam desenvolvido a dependência do crack, ou seja, 35% do total geral.
Chama a atenção na pesquisa, a informação de que 14% dos usuários de crack são menores de idade, ou seja, 50 mil crianças e adolescentes consumindo regularmente essa substância nas capitais do país.
De maneira detalha, capital por capital, só deve ser divulgada nos próximos meses, segundo informações da assessoria de imprensa do Ministério da Justiça. O MJ informou ainda que os dados levantados pela Fiocruz servirão de base para a adoção de políticas de prevenção, combate e tratamento dos dependentes, como parte do programa “Crack, é possível vencer”.
O estudo utilizou-se a definição de “uso regular” como sendo o consumo de droga por pelo menos 25 dias nos últimos seis meses, como preconiza a Organização Panamericana de Saúde (OPAS).
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/9227/visualizar/
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