Inflação segue caminho da desaceleração, diz economista da FGV
A desaceleração dos índices de produção no Brasil deve mudar o rumo dos indicadores de inflação no país, segundo análise feita nesta segunda-feira por Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Um vídeo com as considerações do economista foi postado no site da instituição após coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.
Os indicadores de produção influenciam no preço final dos produtos ao consumidor e, consequentemente, nos índices de inflação. A inflação é umas principais preocupações do governo que vem tomando medidas para conter o consumo (como elevar o custo do crédito e a taxa básica de juros, a Selic).
A alta no preço dos combustíveis compõe o quadro inflacionário atual.
Na avaliação de Quadros, a desaceleração consecutiva do IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) demonstra que o IGP (Índice Geral de Preços),"passo a passo", siga "seu caminho de desaceleração". O IGP-DI variou 0,50% em abril, ante 0,61%, em março.
"A taxa é menor do que a do mês passado e menor que a do mesmo mês do ano passado", afirma. A queda dos preços agrícolas, em grande parte commodities, é apontado por Quadros como motivador importante que proporcionará queda dos preços ao consumidor.
"Com isso, a trajetória de desaceleração do IGP vai se materializando e deve ganhar foçar no segundo semestre, quando as taxas maiores de preços agrícolas não se repetiram."
O economistas afirma que, por enquanto, o preço da alimentação ao consumidor continua forte, mas deve ser modificar. "Já que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), está passando por um processo de desaceleração." Ele afirma que nos próximos meses já será possível perceber a diminuição do ritmo dos preços.
Na semana passada, o resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de abril mostrou que a inflação no Brasil já perde ritmo. O índice, dilvugado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou inflação de 0,77% em abril, praticamente estável em relação a março, quando a variação foi de 0,79%.
O IBGE também divulgou a desaceleração do IPP (Índice de Preços ao Produtor), cuja variação passou de 0,60% em fevereiro para 0,39% em março.
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