Torben Grael fez coro as reclamações de Robert Scheidt e também lamentou a decisão da Isaf (Federação Internacional de Vela) de excluir a Classe Star do calendário dos Jogos Olímpicos a partir de 2016, no Rio de Janeiro. Bicampeão olímpico (1996 e 2004), o iatista, que faz dupla com Marcelo Ferreira, disse desolado que deixará de competir após a Olimpíada de Londres, no próximo ano.
"Estamos (ele e Marcelo Ferreira) ainda tentando uma vaga para 2012 na classe. Já fiz seis Olimpíadas. Se não tiver Star no Rio de Janeiro é hora de pendurar as chuteiras realmente", lamentou.
A decisão da Isaf aconteceu no sábado durante a disputa do Match Race Brasil 2011. Torben Grael não se disse surpreso com a exclusão da Classe Star, mas afirmou que foi uma medida política da Federação Internacional de Vela. Ainda assim, o iatista ficou desapontado em não poder competir nos Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerá no Brasil.
"A decisão já era esperada, mas eu tinha alguma esperança. Lamento e considero a posição política e não técnica. O Star não poderia ficar de fora da Olimpíada do Rio de Janeiro", declarou.
Ao retirar do programa de vela dos Jogos Olímpicos a Star, a Isaf tirou uma das principais fontes de medalhas brasileiras. Por isso, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro pode tentar intervir na decisão através de um pedido da CBVM (Confederação Brasileira de Vela e Motor), segundo relatou o ex-dirigente e competidor Lars Grael.
"A questão pode ser revertida de forma política agora. Nesse aspecto, a gente precisa acreditar na força do Comitê Organizador dos Jogos de 2016. A entidade tem um papel importante para convencer as autoridades de que a classe é representativa no Brasil e no mundo. Aqui temos ídolos do esporte nacional na Star", declarou.
É a terceira vez que a federação retira a Star do calendário dos Jogos Olímpicos. A primeira vez aconteceu em Munique, em 1976, voltando nos jogos seguintes. A competição voltou a ficar de fora em 2000, em Sydney, retornando quatro anos depois em Atenas
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