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Possibilidade de ser executado em Cuiabá é 5 vezes maior do que na maior cidade do país, São Paulo, com 11 mi de pessoas
Violência: Cuiabá supera São Paulo em número de homicídios
Ilustração
Cuiabá não consegue baixar índice de homicídios. Em 10 anos, capital de SP caiu de 4º para 26º no ranking
A possibilidade de ser assassinado em Cuiabá é cinco vezes maior do que em São Paulo. Apesar de ser a maior cidade brasileira e de ter que lidar com todos os problemas de uma metrópole, a quantidade de homicídios dolosos na capital paulista ainda é proporcionalmente muito menor do que a daqui.
Em 2009, a taxa de homicídios em Cuiabá foi de 37,23 para cada 100 mil habitantes, enquanto que, em São Paulo, foi de 11,25. No ano seguinte, o índice caiu para 36,09 na capital mato-grossense, enquanto que na cidade paulista a taxa foi de 10,64. No primeiro trimestre deste ano, São Paulo registrou 220 assassinatos. Em Cuiabá e Várzea Grande, no mesmo período, foram 83. Se a violência continuar neste ritmo, a projeção para este ano é de 332 mortes, o que significaria uma taxa de homicídios de 41,34 a cada 100 mil habitantes. Para São Paulo, a projeção da taxa é de 7,8.
Os números impressionam quando comparadas as populações das duas capitais. Enquanto a cidade paulista tem 11,2 milhões de habitantes, juntas, a quantidade de pessoas que vivem na capital mato-grossense e na Cidade Industrial não chega a 805 mil. Portanto São Paulo tem uma população 14 vezes maior que a da Grande Cuiabá, mas o número de homicídios na capital paulista foi apenas 2,6 vezes maior neste primeiro trimestre.
Mas nem sempre foi assim. São Paulo saiu do posto de quarta capital mais violenta do país, em 1997, para ficar em 26º lugar no mesmo ranking em 2007, de acordo com dados do Mapa da Violência. O bom resultado foi atingido graças à constante política de investimento em segurança pública, com reforço no efetivo e aprimoramento das condições de trabalho de policiais e uso de tecnologia, como o registro digital de ocorrências. Se São Paulo - com todos os seus problemas e complexidades – conseguiu reduzir drasticamente a violência, por que Cuiabá não consegue?
O secretário-adjunto de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante dos Santos, reconhece que é preciso haver diminuição de homicídios, mas que os números, se não diminuem, pelo menos estão “sob controle”. De fato, Cuiabá não registrou aumento expressivo de assassinatos nos últimos anos, mas os índices também não caem significativamente.
O secretário afirma que o Estado pretende investir mais no combate aos assassinatos. Entre as medidas para conseguir esse resultado estão o aumento no número de policiais e o combate sistemático ao tráfico de drogas, considerado a principal causa de homicídios na Grande Cuiabá. Outra medida é expulsar dos quadros da PM e Polícia Civil os maus profissionais. “Vão ficar apenas os que têm boa conduta e comprometimento para combater a criminalidade”, afirma.
O Estado também vai criar, ainda no primeiro semestre, o Pacto Estadual de Enfrentamento às Drogas, previsto para ser lançado ainda no primeiro semestre e que terá três linhas principais: repressão, prevenção e tratamento. O programa será feito em parceria entre a Secretaria Estadual de Segurança Pública e as secretarias de Educação e Saúde. “Não adianta apenas reprimir o tráfico. É preciso que os usuários passem por tratamento para dependentes químicos e investir em educação para evitar que nossos jovens se envolvam com drogas”, afirma Bustamante. Outra providência será conscientizar a população sobre a importância da campanha de desarmamento.
Em 2009, a taxa de homicídios em Cuiabá foi de 37,23 para cada 100 mil habitantes, enquanto que, em São Paulo, foi de 11,25. No ano seguinte, o índice caiu para 36,09 na capital mato-grossense, enquanto que na cidade paulista a taxa foi de 10,64. No primeiro trimestre deste ano, São Paulo registrou 220 assassinatos. Em Cuiabá e Várzea Grande, no mesmo período, foram 83. Se a violência continuar neste ritmo, a projeção para este ano é de 332 mortes, o que significaria uma taxa de homicídios de 41,34 a cada 100 mil habitantes. Para São Paulo, a projeção da taxa é de 7,8.
Os números impressionam quando comparadas as populações das duas capitais. Enquanto a cidade paulista tem 11,2 milhões de habitantes, juntas, a quantidade de pessoas que vivem na capital mato-grossense e na Cidade Industrial não chega a 805 mil. Portanto São Paulo tem uma população 14 vezes maior que a da Grande Cuiabá, mas o número de homicídios na capital paulista foi apenas 2,6 vezes maior neste primeiro trimestre.
Mas nem sempre foi assim. São Paulo saiu do posto de quarta capital mais violenta do país, em 1997, para ficar em 26º lugar no mesmo ranking em 2007, de acordo com dados do Mapa da Violência. O bom resultado foi atingido graças à constante política de investimento em segurança pública, com reforço no efetivo e aprimoramento das condições de trabalho de policiais e uso de tecnologia, como o registro digital de ocorrências. Se São Paulo - com todos os seus problemas e complexidades – conseguiu reduzir drasticamente a violência, por que Cuiabá não consegue?
O secretário-adjunto de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante dos Santos, reconhece que é preciso haver diminuição de homicídios, mas que os números, se não diminuem, pelo menos estão “sob controle”. De fato, Cuiabá não registrou aumento expressivo de assassinatos nos últimos anos, mas os índices também não caem significativamente.
O secretário afirma que o Estado pretende investir mais no combate aos assassinatos. Entre as medidas para conseguir esse resultado estão o aumento no número de policiais e o combate sistemático ao tráfico de drogas, considerado a principal causa de homicídios na Grande Cuiabá. Outra medida é expulsar dos quadros da PM e Polícia Civil os maus profissionais. “Vão ficar apenas os que têm boa conduta e comprometimento para combater a criminalidade”, afirma.
O Estado também vai criar, ainda no primeiro semestre, o Pacto Estadual de Enfrentamento às Drogas, previsto para ser lançado ainda no primeiro semestre e que terá três linhas principais: repressão, prevenção e tratamento. O programa será feito em parceria entre a Secretaria Estadual de Segurança Pública e as secretarias de Educação e Saúde. “Não adianta apenas reprimir o tráfico. É preciso que os usuários passem por tratamento para dependentes químicos e investir em educação para evitar que nossos jovens se envolvam com drogas”, afirma Bustamante. Outra providência será conscientizar a população sobre a importância da campanha de desarmamento.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/92413/visualizar/
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