O governo japonês comunicou aos pescadores que é seguro trabalhar em águas além do perímetro de restrição de 30 km imposto pelo governo ao redor da usina nuclear de Fukushima Daiichi, informa a rede NHK. Muitos pescadores tinham deixado momentaneamente seu trabalho por medo dos níveis de radiação e tinham solicitado ao governo uma confirmação que trabalhar em águas japonesas é seguro.
A Agência de Pesca do Japão enviou essa notificação a representantes da indústria pesqueira e às prefeituras dos municípios próximos à central depois que a Comissão de Segurança Nuclear fez uma análise da radiação submarina.
O estudo assinala que uma pessoa que trabalhe mar adentro ficaria exposta a um máximo de 1,13 milisieverts de radiação ao ano. Também assinalou que aqueles que trabalhem ao longo da costa, sempre a mais de 30 km da central, seriam expostos a um máximo de 1,43 milisieverts.
Embora esses níveis sejam mais altos que a quantidade estabelecida normalmente como limite anual para as pessoas, 1 milisievert ao ano, a comissão considera que não causariam danos à saúde. Ainda assim, o organismo aconselha que os pescadores meçam a radiação enquanto trabalham e que se cubram para reduzir a exposição da pele.
Após o acidente na central de Fukushima, o mais grave desde o de Chernobyl em 1986, na Ucrânia, o governo japonês restringiu a navegação em um perímetro de 30 km ao redor da unidade.
Além disso, a Agência de Pesca japonesa revisará junto a indústrias locais os níveis de radiação no pescado e no marisco que for capturado acima das latitudes da província de Kanagawa, a oeste de Tóquio.
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