Mas o secretário-geral da Otan também reconheceu que a guerra, que já dura cerca de dois meses, se resolverá através da política, e não militarmente.
"Acabou o jogo para Kadhafi. Ele deve perceber que, mais cedo ou mais tarde, não há futuro para ele ou para seu regime", declarou o secretário-geral da Otan à CNN.
"Detivemos Kadhafi. Seu tempo está acabando. Está cada vez mais isolado".
Dado "o vento de mudança" que atravessa o Norte da África e o Oriente Médio, a morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e a crescente pressão sobre os talibãs no Afeganistão, o ex-primeiro-ministro dinamarquês anunciou que está "muito otimista" de que Kadhafi será retirado do poder depois de exercê-lo por mais de quatro décadas.
Misrata, bastião insurgente do oeste da Líbia assediado pelas forças governamentais de Muamar Kadhafi, voltava a ser neste domingo palco de intensos combates, enquanto os rebeldes de Benghazi esperavam armas da Itália.
Os combates ocorriam a oeste de Misrata, grande cidade costeira 200 km a leste de Trípoli, na localidade de Burgueya, segundo um correspondente da AFP.
Em Benghazi, o vice-presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião, Abdel Hafiz Ghoga, afirmou no sábado à noite que a Itália entregará armas à rebelião.
Em Roma, fontes do ministério das Relações Exteriores informaram que a Itália entregará "material de autodefesa" aos rebeldes, no âmbito da Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, que, no entanto, impõe um embargo sobre as armas.
Assim como França e Reino Unido, a Itália enviou um grupo de conselheiros militares a Benghazi (leste) para ajudar os rebeldes a se organizar.
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