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Com chuvas no Meio-Oeste dos EUA, soja fecha o dia em queda
Os futuros da soja fecharam a sessão regular desta quinta-feira (19) em queda na Bolsa de chicago. O mercado perdeu entre 6 e 9 pontos nos vencimentos mais negociados, registrando momentos em que as baixas chegaram a superar os 13 pontos. Milho e trigo conseguiram se manter do lado positivo da tabela e encerraram o dia com boas altas.
Segundo analistas, a melhora do clima no Meio-Oeste dos EUA foi o principal fator de pressão para os preços neste pregão. O Corn Belt tem recebido boas chuvas nos últimos dias, em regiões extensas, e essas precipitações, para a soja, poderiam limitar as perdas de produtividade das lavouras norte-americanas.
Segundo informações do site americano Farm Futures e do Drought Monitor (sistema dos EUA que monitora a seca no país), essas pancadas de chuvas dos últimos dias chegaram para trazer algum alívio às plantações e reduzir o impacto da severa estiagem que vem castigando a produção do país.
No entanto, apesar disso, a seca continua se expandindo pelo Meio-Oeste americano e, por isso, a discussão sobre o real efeito dessas chuvas continua sendo discutido pelos analistas. Assim, mercado vem buscando definir uma tendência, se mantendo próximo da estabilidade, até que comece a receber informações de uma definição da nova safra norte-americana.
"Embora já seja bastante tarde, não deixa de ser um alívio para as lavouras mais tardias e se não melhora, pelo menos estagna aquelas perdas que já são previstas", diz Camilo Motter, economista da Granoeste Corretora.
Porém, apesar de o mercado sentir alguma pressão com essa ligeira melhora climática nos EUA, as baixas têm sidO pontuais e pouco expressivas. Além dos fundamentos de oferta, a demanda aquecida pelo produto norte-americano e mais boas notícias vindas do mercado financeiro também contribuem para um suporte para as cotações.
O Federal Reserve (Banco Central norte-americano), também nesta quarta, informou que irá manter o pacote de estímulo à economia norte-americana e as informações estimularam os fundos a voltarem às compras, o que também estimulou um avanço dos preços. "Isso de um lado causa uma pressão sobre a taxa de juros, portanto uma fuga de dólares como investimento neste momento e uma certa estabilidade das moedas ao redor do mundo, e o que provoca também aplicações financeiras também em commodities", afirma Motter.
Para Paulo Molinari, analista de mercado da Safras & Mercado, o mercado ainda está "digerindo" essas informações para ajudar em uma definição para os caminhos dos preços daqui para frente. "O mercado está tentando digerir essa reunião do Fed de ontem, o dólar se desvaloriza frente às demais moedas, isso ajuda algumas commodities", diz.
Fonte:
Notícias Agrícolas
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