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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sábado - 07 de Maio de 2011 às 11:55

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Quem ligar a TV pela manhã e sintonizar no SBT encontrará o programa "Carrossel Animado" de cara nova. Os palhaços do Patati Patatá, que vêm fazendo sucesso em shows e DVDs, estão no comando da atração.

Ao vivo, eles contam piada junto à banda formada por bonecos, apresentam desenhos animados voltados para crianças de dois a oito anos (como "Peixonauta" e "Flinstones Kids") e fazem brincadeiras por telefone, como charadas e adivinhações --os prêmios são produtos com a marca Patati Patatá.

A dupla surgiu nos anos 1980, quando gravou discos e apresentou programas na TV. Voltou à ativa com novos palhaços. Mas parece que o tempo não passou para eles. Roupas, canções que querem ensinar e forma de tratar o público soam antiquados. "Carrossel Animado" é exibido de segunda a sexta, das 7h às 9h, no SBT.

Palhaços ouvidos pela Folhinha não acharam graça na palhaçada. Confira algumas opiniões a seguir.

PAPO DE PALHAÇO

"O programa subestima a inteligência das crianças, que têm senso crítico e precisam ser estimuladas com cultura, e não com consumo. Também desrespeita a figura do palhaço: apropria-se apenas do que há de mais superficial na personagem, do clichê."
CARLA CANDIOTTO, atriz do Le Plat du Jour

"Há excesso de tudo: maquiagem, figurinos, cenários, gestos e sorrisos forçados. Insistem na fórmula de tratar as crianças como bebês. Meu filho tem três anos e só gostou dos desenhos, ainda bem!"
CAFI OTTA, palhaço do grupo Namakaca

"A dupla [Patati e Patatá], assim como Bozo e Ronald Mc Donald, é estilizada ao máximo, sobrando pouco espaço para o artista que está por trás da máscara. Como figurinista, acho os figurinos muito exagerados. Cabelo de batata frita não dá! No caminho do exagero evidente tem o bordão: Patati Patatá seus melhores amigos! Acho apelativo."
CHRISTIANE GALVAN, palhaça da Cia. Vagalum Tum Tum

"A impressão que eu tive é de um programa de auditório convencional, versão "tatibitati". A dupla me lembra um conhecido palhaço da TV dos anos 80."
FERNANDO PAZ, palhaço dos Doutores da Alegria

"O programa funciona. Está dentro de um formato de programa conhecido e repetido desde sempre. Mas funcionar é o que o ser humano menos precisa neste momento da história. As coisas funcionam no automático, mas gente é pra surpreender."
LU LOPES, palhaça Rubra, do grupo Jogando no Quintal

"Confesso que torcia meu nariz para esse tipo de palhaço, mas, depois que me tornei pai, vi que Patati e Patatá têm um repertório para crianças do ensino infantil e buscam nas brincadeiras um fundo pedagógico. Gostei do uso das esquetes clássicas de circo. Talvez não agrade a marmanjos que já têm uma ideia estabelecida sobre o que é um palhaço, mas para o público-alvo infantil está bacana."
LEANDRO CALADO, palhaço da Cia. Mimi Calado

"Sobre o exagero em maquiagem, cenário e figurino, criança gosta do colorido. Quanto ao exagero de gestos, os palhaços nasceram assim. Não concordo que o programa estimule o consumo. As crianças adoram os brinquedos do Patati Patatá e ficam felizes ao ganhar."
PATATÁ

As crianças também opinaram sobre o programa.

"Pra crianças maiores seria um pouco bobo. Mas as crianças menores acho que vão gostar. Os palhaços não são muito engraçados. O mais legal do programa é a banda de bonecos."
GABRIEL SILVEIRA, 9

"O programa é bem engraçado, só que às vezes eles [Patati e Patatá] têm umas ideias na cabeça que não dá pra acreditar, de tão bobas. Os bonecos são legais. Mas no meio do programa parece que a gente está vendo outro programa, porque toda hora entram uns desenhos animados."
SOFIA AWAD ROXO DA FONSECA, 6






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