CD de músicas vira arma de desafiante contra Pacquiao

Melhor boxeador da atualidade, o filipino Manny "Pacman" Pacquiao, 32, que hoje defende o título dos meio-médios (até 66,6 kg) do Conselho Mundial, tem varrido todos os adversários que encontrou nas oito categorias de peso em que brilhou.

Mas seu desafiante, o americano Shane Mosley, crê que o calcanhar de aquiles do rival será seu próprio CD de músicas, recém-lançado.

"Quando enfrentei Oscar [De la Hoya] em 2000, sua caminhada ao ringue teve como trilha sonora as músicas de seu CD. E eu o venci"", lembrou. "O destino parece sorrir para mim de novo."

Trata-se de uma alusão ao fato de Pacquiao acumular funções fora do ringue.

O último projeto foi resultado de uma participação em um dos mais populares talk shows dos EUA, "Jimmy Kimmel Live". Pacman cantarolou um trecho de "Sometimes When We Touch".

Entre os espectadores estava a mulher do cantor da versão original, Dan Hill, que sugeriu ao marido que regravasse a música com Pacman.

Em seu país, Pacquiao já havia lançado um CD. Além disso, foi protagonista de um filme, no papel de super-herói (daqueles que vestem a cueca por cima da calça), foi eleito deputado e participa de diversos comerciais. Passou a atuar fora dos ringues também como manager.

Nos EUA, Pacquiao, sempre acompanhado por um estafe de dezenas de pessoas, virou celebridade. Foi até recebido pelo presidente Barack Obama na Casa Branca.

O filipino não crê que as multifunções o prejudicarão.

"Minha vida é assim, gosto de estar sempre ocupado. Gosto de fazer muitas coisas", justificou Pacquiao.

E foi enfático ao ser questionado sobre se a gravação do CD, e outras atividades, o distraíram durante a preparação para o duelo de hoje.

"Não. Estou feliz com a forma como faço minhas coisas. Se não estivesse, não faria."

Pacquiao tem 52 vitórias, 38 nocautes, 3 derrotas e 2 empates. Já Mosley, também campeão em várias categorias, soma 46 vitórias, 39 nocautes, 6 derrotas e 1 empate.