Contudo, a moeda terminou longe das mínimas do dia, reagindo à queda do euro depois de notícias levantando a possibilidade de a Grécia deixar o bloco de moeda única reavivarem preocupações com uma crise de dívida no continente.
No fechamento, a taxa de câmbio recuou 0,49 por cento, a 1,617 real na venda, quebrando uma sequência de quatro altas na qual acumulou apreciação de 3,31 por cento.
A queda desta sessão apenas reduziu o ganho do dólar ao longo da semana, avançando no período 2,80 por cento.
"Essa história da Grécia afetou mesmo, mas hoje você teve os dados de emprego nos Estados Unidos e isso ajudou o dólar a dar uma ajustada", afirmou João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora.
O bom humor veio com a notícia de que os EUA criaram 244 mil postos de trabalho em abril, a maior quantidade em 11 meses, informou o Departamento de Trabalho. Analistas esperavam 186 mil .
Os números impulsionavam o dólar ante uma cesta de divisas, mas a moeda norte-americana ganhava fôlego extra com a queda do euro, que caminhava para a pior semana desde janeiro após a versão online da revista alemã Der Spiegel noticiar nesta sexta-feira que a Grécia estaria cogitando deixar a zona do euro e que uma reunião emergencial do Eurogroup seria realizada mais tarde para discutir a questão.
Autoridades seniores do país, no entanto, negaram a informação.
Medeiros, da Pioneer Corretora, afirmou ainda que o dólar pode emplacar mais altas frente ao real nos próximos dias devido à diminuição dos ingressos ao país e a incertezas no plano internacional.
"Tem se falado muito que o pessoal está vendendo mais bolsa e, por consequência, comprando dólar. Isso já vem ocorrendo nos últimos dias e se o exterior não ajudar pode continuar."
Na véspera, o dólar registrou a maior alta diária contra o real desde outubro de 2010. Analistas do banco francês BNP Paribas interpretaram o movimento como um "sinal de fraqueza" do real.
"A implosão do petróleo e de outras commodities é também um sinal da maciça alavancagem a que essas classes de ativos estão sujeitas. É improvável que a correção cesse nas matérias-primas e moedas cíclicas por ora. Mantemos posição comprada em dólar contra o real", escreveram em relatório.
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