Na semana na qual Lisboa anunciou os termos do resgate de 78 bilhões de euros da União Europeia e do FMI - que todos os principais partidos portugueses apoiaram - uma pesquisa da Universidade Católica mostrou 36 por cento de apoio aos Socialistas, três pontos percentuais a mais do que um mês atrás.
Os Social Democratas (PSD) caíram de 39 para 34 por cento no mesmo período, confirmando uma tendência observada pela primeira vez em um levantamento da Marktest em 21 de abril.
Mas em uma pesquisa da Eurosondagem o PSD ainda detém uma ligeira vantagem de 3,3 pontos percentuais, pequena mudança em relação aos 3,6 pontos de 22 de abril. Em sua pesquisa, os Socialistas tiveram apoio de 32,5 por cento contra os 35,8 dos Social Democratas.
Portugal terá uma eleição parlamentar antecipada em 5 de junho porque Sócrates renunciou em março depois que a oposição rejeitou as medidas de austeridade de seu governo minoritário. A queda do governo fez com que a taxa de juros dos bônus saltasse e Sócrates solicitou o resgate financeiro no dia 7 de abril.
Portugal assinou o acordo na quinta-feira, medida que fará o país entrar em recessão durante dois anos e só começar uma provável recuperação em 2013, disseram autoridades da União Europeia e do FMI.
O governo interino insiste que os termos do resgate são baseados no pacote de austeridade rejeitado pelo PSD, que por sua vez diz que o acordo de ajuda final é muito melhor para o país.
O mandato dos Socialistas iria até 2013 em condições normais.
A Eurosondagem entrevistou 2.048 pessoas entre 28 de abril e 3 de maio, e a Universidade Católica entrevistou 1.370 pessoas entre 30 de abril e 1 de maio.
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