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Sexta - 06 de Maio de 2011 às 08:42

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O deputado federal Julio Campos (DEM) garantiu que tem a consciência tranquila e que crê no arquivamento do inqúerito criminal em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), onde é acusado de participação em dois homicídios em casos envolvendo disputa de terra. O fato foi revelado em reportagem publicada pelo site Congresso em Foco.

Por meio de sua assessoria, o democrata emitiu uma nota, onde rechaça seu envolvimento nos casos. "[...] Contudo, conforme trâmites processuais que tramitaram na Justiça Estadual de São Paulo, como no Superior Tribunal de Justiça (STJ), eventualmente a participação do congressista não existiu", relata a nota sem citar informações concretas sobre o caso.

Confira a nota, na íntegra, enviada pela assessoria do deputado federal Julio Campos


NOTÍCIAS EM GERAL TÊM O CONDÃO DE PROVOCAR EMOÇÕES

Coloco dois pontos de reflexão:

1º - Notícia divulgada pelo Congresso em Foco em 13 de outubro de 2010 possuía como manchete a afirmação de que "um quarto dos parlamentares reeleitos respondem a processo no STF - dos 320 parlamentares que renovaram o mandato no Congresso, 76 são alvos de inquérito ou ação penal no Supremo Tribunal Federal".

2º - O mesmo jornal - Congresso em Foco - hoje em 04 de maio, ponderou por identificar o Deputado Júlio Campos (DEM/MT) com o inusitado fato do Excelentíssimo Ministro Joaquim Barbosa questão superada e tendenciosamente distorcida para uma conotação racista totalmente inexistente no contexto do pronunciamento.

A atenção da mídia desta vez é o suposto envolvimento do deputado Júlio Campos em crimes ocorridos em São Paulo, motivados por disputa de terras no estado de Mato Grosso e submetido à apreciação pelo STF.

Quanto ao tema, o fato é que o Estado Democrático de Direito pressupõe investigações policiais e que a matéria, por questão de competência, chegou à Suprema Corte. Contudo, conforme trâmites processuais que tramitaram na Justiça Estadual de São Paulo, como no Superior Tribunal de Justiça (STJ), eventualmente a participação do congressista não existiu.

Os responsáveis pela investigação ponderaram por não mais formular pedidos de diligências, de modo que o deputado pode dizer hoje que "Tenho a consciência tranqüila e creio que o Ministério Público Federal acatará o pedido de arquivamento do inquérito".

A matéria divulgada pelo Congresso em Foco pode provocar emoções, as mais distintas possíveis, tanto comover o leitor como despertar-lhe repugnância sobre a forma inconsistente que as informações foram colocadas.

Importante, portanto, ponderar os fatos antes de formar sua convicção. Para não sermos conduzidos, portanto, como navio sem direção que se move ao ímpeto da maré, indispensável melhor conhecimento de causa.

Voltando aos dois pontos de reflexão - o "alto número" de deputados que respondem a processos perante o STF, e o "grave" envolvimento do Deputado Júlio Campos, têm em comum a parcialidade da notícia, a aparência do absurdo, quando na verdade apenas refletem o procedimento comum de apuração, que no mais das vezes, como o haverá de ser ao longo da verificação dos fatos, não chegam a passar de denúncias infundadas cujo propósito consiste tão somente em manchar a reputação de pessoas em evidência política que estão na verdade atentos à ética e à boa condução da coisa pública, como o é o respeitável congressista Júlio Campos.






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