Ônibus do "Programa Caminho da Escola" passaram pelo crivo do Imeq-MT
A maioria dos ônibus do Programa Caminho da Escola, adquiridos pelo Governo do Estado em parceria com o Governo Federal, pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar), comportam 31 passageiros. A informação sobre a quantidade de passageiros sentados é um dado que deve estar visível internamente. Todos possuem espaço destinado aos Portadores de Necessidades Especiais (PNE), inclusive com lugar para cão guia. Nesse caso, uma cadeira em cada ônibus é disponibilizada constando a identificação do FNDE, tipo um cartaz fixado. A referida identificação é obrigatória também nas duas laterais do veículo.
Na traseira deve estar visível o telefone 0800 do disque denúncia e os dizeres Velocidade controlada 70km/h”. Nas laterais dianteiras e no pára-brisas o final da numeração do chassi.
O presidente do Imeq, Clodoaldo José Ferreira revelou que alguns itens o fiscal averigua sozinho, entre eles, os cintos de segurança, cadeira para PNDE, lixeiras, extintores, iluminação da escada, pontalete (coluna) frisada. “Outros dependem do motorista, que age sob comando do técnico que observa. São eles, bloqueador de partida com ele engatado, bloqueador da abertura da porta com o ônibus em movimento (não pode abrir com ônibus em movimento) e bloqueio de aceleração com porta aberta (quando quer sair com a porta aberta) e o teste da velocidade acima de 70 km/h”.
Procedimentos como iluminação interna e externa (são três estágios cada), chave geral, abrir porta malas, macaco, triângulo, chave de rodas, pneu de estepe que deve ter a mesma medida do ônibus, lanterna, vidro, retrovisores estão entre os 91 itens do check list. No caso do pneu, há uma variação de acordo com as especificações do veículo.
Embora sejam muitos requisitos, o trabalho é rápido. “O que retarda as inspeções são as correções. Enquanto não providenciar a regularização da inconformidade o veículo não recebe o Selo do Inmetro, que é a garantia de que o veículo está dentro da conformidade. Os 11 veículos reprovados tiveram que se adequar para serem reinspecionados. E para nós se ficar mais ou menos não serve. Tem que estar certo, nem mais nem menos do que está no check list, mas cobramos na íntegra o que está no check list”, disse Bento Francisco Gomes Bezerra, coordenador de Avaliação da Conformidade do Imeq.
SELO DO INMETRO
“Após ser aprovado, o veículo recebe o Selo de Segurança do Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e é liberado. Os ônibus que foram inspecionados estão aptos para atender o transporte de estudantes dos municípios de Mato Grosso”, ressaltou o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf.
Em média, 25 ônibus foram vistoriados ao dia. Houve semanas que demandaram até expediente aos sábados. Apesar de tantos itens que compõem o check list da inspeção, a agilidade das ações depende de operador (motorista) treinado, que conheça todos os procedimentos. Segundo Bento, “descobrir os três estágios de como abre a porta por dentro e por fora, por exemplo, perguntando ao fiscal no ato da inspeção prejudica o desempenho do trabalho”. Além disso, o ideal são dois motoristas, quando um deles sai com o veículo, outro entra para inspeção. A responsabilidade do Imeq, órgão delegado do Inmetro e vinculado à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas (Sicme) e é ter o fiscal e o assessor para executar a inspeção.
A apresentação do manual de instrução do veículo é obrigatória, destina-se a orientar o motorista.
Comentários