O ex-número um do ranking de entradas de ATP, o espanhol Carlos Moyá, afirmou nesta quinta-feira que acredita que o esporte hoje em dia não tem dominantes tão nítidos quanto na época em que jogava, e que Novak Djokovic será o número um do mundo por mérito próprio, deixando seu compatriota Rafael Nadal para trás.
"Djokovic tem feito uma temporada muito sólida. É impressionante o fato de ter somado, até o mês o meio, nenhuma partida sem perder em todo ano. E não depende tanto de Rafa (Nadal) que nos próximos meses perca o número um, e sim dos resultados de Djokovic, que terá suas oportunidades. Cedo ou tarde, ele será o número um por méritos próprios", disse o aposentado do circuito, em entrevista ao espanhol Marca, na última quarta-feira.
O primeiro espanhol a ser líder do ranking mundial na história, Moyá também comentou sobre sua vida longe do tênis, na qual não precisa se preparar como antes para disputa de torneios de exibição, além de ter revelado que irá disputar o Circuito Sênior. Sobre a chamada ""Era Federer"", de domínio absoluto do antigo líder do ranking, o ex-tenista ressaltou que hoje em dia ninguém se sobressai tanto, visto que o suíço caiu para a terceira posição do mundo.
"Contra a genética não se pode fazer nada e o corpo, a medida que os anos vão passando, vai perdendo suas habilidades. O caso de Federer me lembra o de (Pete) Sampras, que todo mundo considerava como aposentado e em seu último torneio venceu o Aberto dos Estados Unidos. Não se pode descartar nunca os grandes da história", acrescentou.
Moyá também não apontou nenhum favorito para o Masters 1000 de Madri, que está sendo disputado na "Caixa Mágica", e finalizou revelando que sua pequena filha, Carla, já se empolga assistindo partidas de tênis pela televisão. "Mas não me pergunte se ela será ou não uma tenista, eu simplesmente quero que ela seja feliz", concluiu.

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