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Quinta - 05 de Maio de 2011 às 14:38
Por: Katiana Pereira

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MidiaNews
Uma das esquinas do ponto de prostituição: pouco movimento e baixo faturamento para as travestis
Uma das esquinas do ponto de prostituição: pouco movimento e baixo faturamento para as travestis

Desde que o empresário Martin Pompeo de Barros, de 48 anos, foi morto em um latrocínio na quarta-feira (27) da semana passada, na região de prostituição conhecida como "Zero Quilômetro", em Várzea Grande, a procura por programas diminuiu. O crime foi planejado pelo travesti Huanderson Barbosa Moura, conhecido como "Sandy", que atuava no local, e pelo seu companheiro, Rômulo Victor Cardoso de Melo.

A evasão da clientela foi constatada pela equipe do MidiaNews, que na noite da última terça-feira (4) esteve na região do Zero e conversou com travestis que trabalham na região.

Danielly que faz ponto no local há cerca de dois anos disse que nunca viu um movimento tão fraco. "O normal é agente fazer pelo menos seis programas por noite, agora tem sido, três ou quatro. Alguns passam por aqui, olham e não param", disse.

A travesti atribuiu à retração de clientes devido ao crime de latrocínio, que foi consumado em um motel da região. Segundo o jovem, que não quis revelar seu nome verdadeiro, sempre que ocorrem fatos como esse é comum que os clientes se afastem por um tempo.

"É sempre desse jeito, acontecem os crimes, e todos acabam sendo punidos pelo erro de um. As pessoas ficam com medo de vir ao Zero e acontecer algo de ruim. Apenas os clientes mais assíduos têm vindo nos procurar", disse.

Outro fator que pode estar espantando os clientes são as constantes rondas realizadas pela Policia Militar no local. "Temos reforçado o policiamento no local, para evitar situações que possam gerar mais violência, como possíveis represálias aos travestis", disse o coronel Pery Taborelli da Silva Filho, comandante da Polícia Militar em Várzea Grande.

Além de coibir possíveis represálias aos travestis, a PM tem retirado da região usuários e traficantes de drogas. Qualquer pessoa em atividade suspeita é levada para a delegacia para prestar esclarecimento.

"Vamos às boates revistamos os clientes, se estiver sem documento levamos para a delegacia. Usuários e traficantes de drogas são constantemente levados para o Cisc", contou o comandante.

A região do "Zero Quilômetro" é conhecida nacionalmente por concentrar travestis e prostitutas há mais de 20 anos.






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