O exército paquistanês admitiu nesta quinta-feira falhas no serviço de inteligência sobre a localização de Osama bin Laden. Além disso, ameaçou em comunicado revisar o nível de sua cooperação militar no caso de um novo ataque americano como o que matou Osama bin Laden no domingo, e indicou que deseja reduzir a presença militar dos Estados Unidos em seu território.
Mais cedo, a secretária de Estado dos EUA afirmou que a relação dos EUA com o Paquistão nem sempre é fácil, mas tem sido produtiva para os dois lados.
A descoberta de que o líder da Al-Qaeda conseguiu viver durante anos na cidade de Abbottabad, que sedia uma academia militar, ao norte da capital paquistanesa, fez muitos nos Estados Unidos se perguntarem se o Paquistão é um aliado confiável contra militantes.
Osama bin Laden é morto no Paquistão
No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .
A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Três dias depois e ainda em meio resquícios de dúvidas sobre o fim de Bin Laden, a Casa Branca decidiu não divulgar as fotos do terrorista morto. Enquanto isso, Estados Unidos e Paquistão debatem entre si as responsabilidades e falhas na localização do líder da Al-Qaeda.
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