"Como é a minha primeira vez aí, vou cantar as músicas mais conhecidas do Creedence", conta Fogerty, que não gosta muito da ideia dos ex-colegas, que criaram o Creedence Clearwater Revisited (quase o mesmo original). "Foi um acordo que não me desce direito. Passei tanto tempo brigando com a gravadora que não queria mais briga. E fico feliz que, depois de tanto tempo, as pessoas ainda queiram ouvir as nossas músicas", diz.
Casado desde 1986 com Julie, com quem tem três filhos, John parece bem mais tranquilo do que aquele que, na década de 70, brigou com a gravadora, banda inteira e o próprio irmão - Tom Fogerty, um dos fundadores do Creedence: quando Tom morreu, em 1990, os dois estavam sem se falar e John sequer foi ao enterro. "Julie e eu temos uma linda família. Ela me ensinou a amar e hoje sou feliz de uma maneira que não pensava ser possível há 25 anos", baba Fogerty.
Esperançoso com a eleição de Obama para a presidência dos Estados Unidos ("Foi simbólico no mundo inteiro"), ele lamenta que músicas suas como Fortunate Son, de 1969, ainda sejam atuais. "Como eu digo, velhos homens ricos declaram guerra e homens jovens pobres vão para o front. Ainda é assim", observa ele.
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