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Internacional
Quinta - 05 de Maio de 2011 às 07:25

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Claude Choules, que entrou com 14 anos para a Marinha, vive na Austrália
Claude Choules, que entrou com 14 anos para a Marinha, vive na Austrália

O último militar veterano da Primeira Guerra Mundial, Claude Choules, morreu na Austrália aos 110 anos de idade, informou nesta quinta-feira a sua família.

Britânico de nascimento, Choules mentiu sobre a própria idade para ser aceito na Marinha britânica quando tinha 14 anos. Dizia que queria seguir os passos dos irmãos mais velhos e defender seu país.

A bordo do navio HMS Revenge, ele serviu no Mar do Norte, onde viu a rendição das tropas alemãs no estuário do rio Forth, na Escócia, em 1918, e a derrota do inimigo nas águas de Scapa Flow, nas ilhas Orkney.

Conhecido entre os seus amigos por "Chuckles" (algo como "Risadinha", em uma tradução livre), Choules descrevia os anos da Primeira Guerra (1914-1918) como "uma época difícil".

Depois de servir em missões de paz no Mar do Norte, foi enviado em uma missão de treinamento para a Austrália em 1926.

A bordo do navio de passageiros no qual viajava, conheceu a futura esposa Ethel, com quem permaneceu casado por 76 anos. Ele se transferiu para a Marinha australiana, que serviu até 1956, e desde então vivia no país do hemisfério sul.

Apesar do histórico militar, o britânico era considerado um pacifista. Expressava publicamente sua oposição ao principal dia em memória dos soldados mortos da Austrália e da Nova Zelândia, o Anzac Day, e se recusava a marchar nas tradicionais paradas militares anuais.


Choules como oficial da Marinha (Foto: Depto de Defesa da Austrália)
Aos 80 anos, fez um curso de escrita criativa e, em 2009, anos 108 anos de idade, publicou seu primeiro e único livro, a coletânea de memórias The Last of the Last ("O Último dos Últimos", em tradução livre).

Choules morreu dormindo na casa de repouso onde vivia, em Perth, três anos depois da morte da esposa. Deixou três filhos e 11 netos.

Com a morte do veterano, a também britânica Florence Green, que completou 110 anos em fevereiro, passa a ser a última sobrevivente que serviu na Primeira Guerra. Green não era militar, mas garçonete da Força Aérea feminina.
 






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