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Nacional
Quarta - 04 de Maio de 2011 às 10:45

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Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira aponta que 65% da população das capitais usa transporte público para se deslocar. Esse percentual cai para 36% nas cidades que não são capitais. Apenas 2,85% da população residente em capitais se locomove a pé no dia a dia. Já nas outras cidades, esse percentual sobe para 16,63%.

A bicicleta é o meio de transporte de 3,22% das pessoas que vivem nas capitais. Nas outras cidades, esse porcentual é de 8,45%. A moto é usada por 5,5% da população que vive nas capitais e por 15% nas demais cidades. Em todos os municípios brasileiros, 23% da população adotam o carro como meio de transporte.

O estudo sobre mobilidade urbana faz parte de uma série chamada Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS). A partir deste e de outros estudos, o órgão poderá propor medidas mais adequadas para cada tipo de região. E, também, deixar a população mais esclarecida sobre os serviços e as possibilidades de transporte que são oferecidos.

Nas grandes cidades, por exemplo, o governo poderá aplicar ações que motivem as pessoas a deixarem o carro na garagem e usar o transporte público. E, em pequenas cidades, estimular o uso de bicicletas ou o hábito de andar a pé quando a locomoção for por pequenas distâncias.

Uma das conclusões a que chegou o Ipea é a tendência de se alcançar melhores resultados a partir de investimentos em corredores de ônibus e metrôs, aliados a políticas tarifárias que permitam ampliar o número de usuários de transporte público. O instituto enfatiza que, nesse cenário, deve ser estimulada a redução do tempo de viagem. "A rapidez, a disponibilidade e o menor custo foram características recorrentemente citadas de forma explícita pelos entrevistados", afirma o estudo. Segundo o documento, a diferença de percepção da segurança entre os usuários de automóveis e os de transporte público pode revelar importantes aspectos para a atuação pública.

A pesquisa perguntou que motivo faria os não-usuários de transporte público a utilizá-lo. A resposta mais apresentada pelos usuários de bicicleta, carro e moto foi maior rapidez. Para quem se locomove a pé, a resposta está ligada à questão da disponibilidade desse tipo de transporte.

Os motivos mais indicados pelos pedestres para terem optado por andar a pé são a saúde e a rapidez. No entanto, vários afirmam que passariam a usar o transporte público se houvesse maior disponibilidade, fosse mais barato e também mais rápido. Para o pedestre, estas duas últimas características são essenciais para ter um bom transporte.

Os ciclistas escolhem essa forma de transporte pelos mesmos motivos apresentados pelos pedestres: saúde e rapidez. Mas também ressaltam o baixo custo como motivo.

No uso do transporte individual motorizado, quem utiliza carro ressalta o motivo do conforto e a comodidade, enquanto os que optam pela moto justificam sua escolha devido ao preço. Mas ambos consideram a rapidez como o fator de maior importância.





Fonte: Terra

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