Ladrões especializados podem ter lucrado cerca de R$ 200 mil em ações no prédio do TER, onde renderam vigias, e terminais do Santander
Em 24h, 3 caixas arrombados em Cuiabá
Em pouco mais de 24 horas, três caixas-eletrônicos foram arrombados na Capital e os ladrões lucraram quase R$ 200 mil. O último fato ocorreu anteontem de madrugada no prédio onde funciona o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso, onde três homens armados renderam três vigias e conseguiram ter acesso ao caixa-eletrônico do Banco do Brasil. Em seguida, outros cúmplices entraram no prédio com o chamado “kit arrombamento” – maçarico, botijão de gás, cilindro de oxigênio e alavancas – e cortaram a máquina para ter acesso às gavetas com o dinheiro.
O arrombamento ocorreu por volta das 5 horas e terminou cerca de duas horas depois. Os vigias conseguiram entrar em contato com a polícia somente por volta das 8h30. Ao chegar ao local, constataram que os bandidos tiveram tempo de levar as ferramentas usadas no corte do caixa.
Conforme os vigias, um dos bandidos se aproximou de um dos vigias pedindo um copo d’água. Assim que virou as costas, foi rendido e obrigado a entregar o revólver. Em seguida, os bandidos renderam os outros dois vigias.
Os ladrões fugiram num veículo Santana azul, modelo antigo. Os policiais acreditam, no entanto que mais bandidos tenham participado do assalto, uma vez que os três não chegaram com o kit arrombamento.
Na madrugada anterior, ladrões cortaram dois caixas da agência do banco Santander, no Distrito Industrial de Cuiabá. Os ladrões usaram um maçarico para ter acesso às gavetas com dinheiro e fugiram com cerca de R$ 80 mil. No local, abandonaram, além do maçarico, um botijão de gás e um cilindro de oxigênio, além de uma lona preta, utilizada para camuflar o brilho provocado pelo maçarico. O arrombamento foi percebido por volta das 6 horas, quando o alarme soou e a empresa de segurança foi verificar.
Segundo policiais do Plantão Metropolitano, os bandidos fizeram dois buracos na parede dos fundos e tiveram acesso ao setor dos caixas, onde conseguiram cortar dois deles e retirar as cédulas. No local, além das ferramentas usadas para o corte dos terminais, os policiais depararam-se com várias manchas de sangue. Os ladrões teriam se cortado com os equipamentos.
O que chamou a atenção dos policiais foi que as câmeras de seguranças estavam posicionadas para captar imagens de quem entra pela frente. “E os ladrões foram mais espertos e entraram pelos fundos sabendo que somente assim não seriam filmados”, observou um policial que atendeu a ocorrência.
Policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil estiveram no local iniciando as investigações. Segundo um representante do banco, os caixas são abastecidos com pouca quantidade de dinheiro, para justamente evitar os arrombamentos. “No máximo, temos R$ 40 mil”, informou o representante.
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