Taques diz que BRT é mais viável para Mato Grosso
Em entrevista ao Programa Cidade Independente, nesta segunda-feira (02.05), o senador Pedro Taques defendeu a implantação do Bus Rapid Transport, o BRT, como alternativa para o aprimoramento da mobilidade urbana em Cuiabá para a Copa do Mundo de 2014.
“Passei os últimos dias estudando a questão do BRT e VLT. Temos que discutir que modelo é mais adequado à nossa realidade. Para mim, o BRT é a melhor alternativa para o momento em que vivemos. A quantidade de passageiros transportados dos bairros para o centro de Cuiabá irá aumentar e teríamos menos problemas para a implantação”, justificou o pedetista.
Segundo o senador, um dos fatores que deve ser analisado diz respeito ao número de pessoas transportadas em Cuiabá. Com base nas consultas realizadas no Senado durante as reuniões da Subcomissão de Acompanhamento da Copa, da qual faz parte, Taques observa que nenhuma das cidades-sede do Mundial deve implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está em fase de estudo de viabilidade em Mato Grosso.
O parlamentar também esteve reunido com técnicos e estudiosos no assunto para discutir a viabilidade dos meios de transporte. A maioria dos estudos aponta que do fluxo de passageiros que circula diariamente por Cuiabá e Várzea Grande torna o VLT inviável.
Outro aspecto citado pelo senador envolve a implementação do sistema modal. O BRT, conforme mostra os locais que já utilizam, opera a partir de Troncos de fluxo, sendo esses troncos ou terminais principais alimentados por ônibus menores (ônibus coletores), que operariam nos bairros. A interação seria de Ônibus/Ônibus. Por outro lado, o VLT necessitaria, também, desses ônibus coletores, já que não se pode falar em operar com trilhos também fora dos troncos principais. A implementação seria Ônibus/Trem.
“Essa questão é importante, pois, no Sistema BRT a construção de estações de colheita e estações principais seguiriam a lógica única do sistema de ônibus. Já o VLT necessitaria de estações de ônibus operando em conjunto com uma grande estação de trem, o que influi diretamente na necessidade de área a ser desapropriada”, embasou.
O último argumento seria o custo final dos projetos CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro. Enquanto o BRT está estimado em R$ 383.490.800,00, o VLT custará cerca de R$ 930.332.784,65. “A tarifa também seria, consequentemente, prejudicada e passaria de R$ 1,80 para R$ 3,60, segundo as estimativas”, reforça o pedetista.
A mudança de projeto, conforme o senador Pedro Taques, também poderia atrasar o andamento das obras da Copa, uma vez que o BRT já contaria com uma linha de crédito e apoio do Ministério das Cidades para financiamento junto à Caixa Econômica Federal.
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