Comissária da UE diz que Bin Laden deveria ser levado à Justiça
A comissária de Interior da União Europeia (UE), Cecilia Malmström, afirmou nesta segunda-feira (2) que "teria preferido ver Osama bin Laden diante da Justiça internacional".
A comissária declarou que, apesar de Bin Laden ser "um símbolo do terror da Al-Qaeda", a ameaça do terrorismo "continuará persistindo".
Malmström advertiu ainda que apesar da Al-Qaeda ter sido "debilitada", é preciso esperar pelas consequências que deverão ser enfrentadas após a morte do líder e afirmou que seguirá "trabalhando para prevenir e enfrentar o terrorismo".
Para isso, a comissária se mostrou favorável a dar prioridade à "cooperação entre países na hora de prevenir a radicalização dos fundamentalistas religiosos ou de ideologia de extrema direita ou extrema esquerda".
Malmström lembrou que está trabalhando para aprovar em breve duas direções antiterroristas: uma contra a comercialização de produtos químicos para a elaboração de explosivos caseiros e outra para a busca por bens de terroristas na UE.
Osama bin Laden é morto no Paquistão
No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .
A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto a secretária de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra o terrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horas depois da notícia simboliza a incerteza do impacto efetivo da morte de Bin Laden no presente e no futuro.
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