O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou nesta segunda-feira o risco de represálias ao Brasil - aliado dos Estados Unidos - por conta do assassinato do terrorista Osama bin Laden e disse, após palestra em um curso de aperfeiçoamento de diplomatas, esperar que a morte do líder da organização extremista Al-Qaeda "não desencadeie violência no mundo". Ele não citou a Casa Branca especificamente, mas declarou ainda que o Brasil é "solidário com aqueles que buscam a justiça" contra atos terroristas.
Ao contrário do que ocorreu em outros países, o chanceler brasileiro evitou comemorar a morte do terrorista e afirmou que o Palácio do Planalto e a política externa do Brasil sempre condenam as práticas extremistas. "Em primeiro lugar o governo brasileiro condena o terrorismo sob todas as manifestações e repudia atos terroristas, seja qual for a motivação deles. Nós só podemos nos solidarizar com as vítimas desses atos e com aqueles que buscam a justiça desses atos", observou.
Patriota ressaltou a importância do momento em revoltas democráticas no mundo árabe que buscam derrubar regimes ditatoriais e relembrou que o histórico de atos terroristas de Bin Laden contribuiu para um estigma contra o mundo islâmico.
"Não nos preocupa que haja represálias no Brasil. Esperamos que esse acontecimento não desencadeie violência no mundo. Não temos risco que nos leve a temer algum ato específico", declarou.
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