Bomba atinge mesquita no Paquistão e mata ao menos três
Uma explosão atingiu nesta segunda-feira uma mesquita em um complexo policial em Charsadda, cidade no noroeste do Paquistão. Ao menos três pessoas morreram e outras três ficaram feridas.
"A explosão ocorreu dentro da mesquita", disse por telefone à Reuters o policial Zain Khan, de Charsadda.
Segundo a polícia, o alvo do ataque era a delegacia localizada próxima à mesquita.
Não está claro se a explosão faz parte da retaliação prometida pelo Taleban paquistanês pela morte do líder da aliada Al Qaeda, Osama bin Laden, em uma operação militar dos Estados Unidos.
Horas após o anúncio da morte, o Movimento Taleban do Paquistão, braço do grupo radical islâmico no país, prometeu vingar a morte de Bin Laden. O grupo ameaçou atacar alvos americanos e do governo paquistanês.
"Agora os comandantes paquistaneses, o presidente Zardari e o Exército serão nossos primeiros alvos. A América vai ser nosso segundo alvo", disse Ehsanullah Ehsan, porta-voz do grupo, em entrevista por telefone à agência de notícias Reuters.
A morte de Bin Laden foi anunciada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, na noite deste domingo. O Paquistão afirmou horas mais tarde que não havia participado, "em acordo com a política dos Estados Unidos" de luta contra o terrorismo.
Um comando transportado por helicópteros das forças especiais da Marinha americana matou Bin Laden em uma casa muito protegida em Abbottabad, cidade 70 km ao noroeste de Islamabad. A ação teria durado cerca de 40 minutos, começando 22h30 do horário local.
Obama disse ainda que o corpo havia sido levado sob custódia dos Estados Unidos --a imprensa americana menciona que o sepultamento já foi feito no mar, mas a informação não foi confirmada.
Enquanto ele falava, centenas de pessoas estavam concentradas em frente à Casa Branca, em Washington, para comemorar com gritos de alegria e mensagens patrióticas a morte. Seguravam bandeiras, cantavam o hino nacional e bradavam "USA". Na Times Square, em Nova York, outra multidão tomou as ruas (veja as fotos).
Em um comunicado, o Ministério paquistanês das Relações Exteriores afirmou que o país não participou da ação e reconheceu que a morte do homem mais procurado do mundo --tido como mentor dos ataques do 11 de setembro de 2001 -- representa um "grande revés infligido às organizações terroristas do mundo" e "ilustra a determinação da comunidade internacional, e do Paquistão, de combater e eliminar o terrorismo".
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