Após ataques, Turquia esvazia embaixada na capital da Líbia
A Turquia que esvaziou temporariamente nesta segunda-feira sua embaixada em Trípoli, depois dos ataques de domingo contra representações diplomáticas na capital líbia, anunciou o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu.
"Decidimos na noite passada (domingo), dada a situação de segurança, esvaziar durante um certo tempo nossa representação em Trípoli", afirmou o ministro das Relações Exteriores turco.
O embaixador da Turquia e seus funcionários foram levados para a Tunísia sãos e salvos, acrescentou.
No domingo, manifestantes incendiaram a embaixada da Itália e as residências dos embaixadores italiano e britânico em Trípoli.
ONU
A ONU também anunciou que seus funcionários estrangeiros em Trípoli foram levados neste domingo temporariamente para a Tunísia devido à situação de "insegurança" na capital líbia.
Os 12 funcionários da ONU em Trípoli cruzaram nas últimas horas a fronteira com a Tunísia, de onde "seguirão supervisionando" a situação na Líbia, indicou a porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Stéphanie Bunke.
Os funcionários das Nações Unidas em Benghazi permanecerão na cidade e os cidadãos líbios que trabalham para o organismo também não abandonarão o país, ressaltou Bunker.
"Assim que a situação permitir, os funcionários transferidos voltarão a Trípoli", disse a porta-voz.
Os funcionários estrangeiros estavam há apenas três semanas na capital líbia, desde que em 10 de abril a subsecretária geral da Ocha, Valerie Amos, assinou um acordo com o governo de Muammar Gaddafi para permitir a entrada de agências da ONU em Trípoli.
A retirada ocorre um dia depois que um bombardeio da Otan tirou a vida de Saif el Arab, o filho mais novo do líder líbio, assim como de três de seus netos, em um imóvel no qual se encontrava o próprio Gaddafi e sua mulher, segundo a versão oficial divulgada pela emissora de TV pública.
O incidente intensificou o clima de caos na capital, onde neste domingo foram atacadas as legações diplomáticas da Itália e do Reino Unido, países que participam da missão da Otan na Líbia.
A aliança militar admitiu ter atacado um posto de comando e de controle na área, mas não confirmou a morte do filho de Gaddafi.
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