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Internacional
Domingo - 01 de Maio de 2011 às 14:38

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste sábado que o suposto líder das Farc Joaquín Pérez Becerra, entregue por Caracas a Bogotá esta semana, estava sendo "caçado" e o "plantaram" na Venezuela para colocar uma "batata quente na mão de seu governo".

"Cumpri minha responsabilidade e o capturamos e está lá, que ele assuma sua responsabilidade", disse Chávez em um ato público. Setores radicais do movimento bolivariano criticaram o governo da Venezuela por capturar Pérez Becerra no sábado passado, em sua chegada à Venezuela procedente da Suécia, e entregá-lo na segunda-feira à Colômbia, dando curso a uma ordem de captura da Interpol.

"A responsabilidade não é minha, o primeiro responsável é esse cavalheiro que vem para aqui sabendo que está sendo procurado pela Interpol, cada qual que assuma sua responsabilidade", disse Chávez, ao assegurar que todos os serviços de inteligência sabiam até onde ia sentado no avião.

Chávez disse que o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, o telefonou para informar-lhe da chegada de Pérez Becerra ao aeroporto internacional de Maiquetía, que serve a Caracas, e revelou que o governo da Venezuela ligou para o avião para confirmar a informação.

"O governo da Colômbia, a Interpol, e tenho certeza que a CIA e todos os corpos de inteligência sabiam até em que assento vinha", disse Chávez.

Assinalou que "agora o governo da Colômbia assumirá sua responsabilidade", mas se perguntou como Pérez Becerra, que tem nacionalidade sueca, pôde sair da Suécia e entrar em um avião, fazer escala em Frankfurt (Alemanha) sem que ninguém o detivesse.

"Assim como entregamos ao governo de Cuba Chávez Abrange, entregamos ao governo da Colômbia" Pérez Becerra, disse Chávez em alusão ao salvadorenho entregue em julho por Caracas a Havana, onde foi julgado e condenado a 30 anos de prisão em janeiro por atos de terrorismo.

Chávez se mostrou muito chateado com os setores que o acusaram de trair os movimentos de esquerda por causa da entrega de Pérez Becerra, e lhes disse que se equivocaram com a queima na quinta-feira passada de um boneco com as fotos dos ministros de Exteriores, Nicolás Maduro, e Comunicação, Andrés Izarra, em um protesto em Caracas.





Fonte: EFE

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