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Tecnologia
Domingo - 01 de Maio de 2011 às 12:28

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Falar ao telefone debaixo do chuveiro, demandar tarefas do celular usando comandos de voz e bloquear o smart-phone com uma senha enviada por SMS, em caso de roubo, são tecnologias que, apesar de soarem futuristas, já estão disponíveis em aparelhos de vários fabricantes.

Mas os mais de US$ 10 bilhões investidos pelas empresas de celular em 2010 anunciam que, em breve, será possível pagar a viagem de ônibus com um toque de tela e gravar um vídeo da festa de aniversário do seu filho usando um smartphone com câmera 3D.

Segundo a Bernstein Research, a Nokia aplicou US$ 3,9 bilhões em novas tecnologias móveis, seguida pela Samsung, com US$ 3 bilhões, e pela RIM (Research in Motion), que fabrica o BlackBerry e gastou US$ 2 bilhões em inovação.

Sony Ericsson e Motorola desembolsaram, cada uma, US$ 1 milhão no ano passado, enquanto a Apple, que ditou o rumo da evolução de celulares inteligentes com o iPhone, investiu cerca de US$ 750 mil.

O resultado que já saiu do papel inclui, por exemplo, celulares "à prova de tudo", que resistem a quedas, água e têm telas que não arranham por causa da poeira.

Além de compartilhar dados com outros aparelhos, os smartphones já caminham para substituir completamente a câmera digital amadora.

Modelos como o Nokia N8 têm câmera embutida de 12 Mpixels e zoom potente. Além da qualidade das imagens, o celular vence a corrida contra a câmera porque oferece a possibilidade de compartilhar as fotos em tempo real.

O segredo por trás dessa evolução está no poder dos processadores. Hoje em dia, boa parte dos smartphones já têm capacidade para processar dados em velocidade igual à de alguns desktops e laptops e, no dia 12 deste mês, o Brasil finalmente abriu as portas para a nova geração de supersmartphones.

O primeiro dessa leva a chegar ao país é o Atrix, da Motorola, com processador de núcleo duplo capaz de oferecer mais velocidade, dinamismo e performance.

Mas o Atrix não ficará sozinho no Brasil por muito tempo. Menos de dois anos se passaram desde o primeiro longa metragem filmado em três dimensões, e o mundo já se prepara para conhecer o primeiro smartphone a oferecer a tecnologia 3D. Trata-se do Optimus 3D, da LG, que deve chegar aos Estados Unidos até o mês que vem, e ainda neste ano ao Brasil.

A LG incluiu no aparelho uma câmera estereoscópica para que o usuário possa produzir suas próprias fotos e vídeos em 3D. A tecnologia conta com duas câmeras que funcionam como o olho humano e montam duas imagens para formar o efeito de profundidade e perspectiva.

Além da melhoria nas estruturas de banda larga no Brasil, é preciso que parceiros como bancos e empresas invistam na tecnologia NFC (Near Future Communication), uma forma de conexão entre aparelhos próximos um do outro semelhante ao Bluetooth, mas mais veloz.

Com o NFC será possível pagar uma compra no cartão de crédito ou débito apenas encostando o telefone na máquina da loja, realizar check-in de um voo e substituir o crachá dos escritórios na catraca da empresa, entre outras facilidades.

Mas uma demanda antiga que, com a chegada dos smartphones, parece ter empacado, é a busca por baterias que durem mais.

"Os celulares tendem a ter processadores mais poderosos, mas o que você faz se acaba a bateria no meio do dia? Você perde toda a mobilidade", afirma Bia Kunze, consultora em tecnologia móvel.

Segundo ela, a pesquisa com células de energia ainda deixa a desejar e afeta todas as fabricantes.






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