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Internacional
Domingo - 01 de Maio de 2011 às 00:41

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Milhares de sírios carregando velas e entoando slogans contra o governo fizeram uma passeata neste sábado em Banias, em uma manifestação para demonstrar seu apoio à cidade de Deraa, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Mais cedo, as forças de segurança da Síria prenderam dois veteranos da oposição e um grupo de mulheres manifestantes como parte de uma operação contra os ativistas pró-democracia, disseram grupos de direitos humanos.

A organização de direitos humanos síria Sawasiah informou que as forças de segurança mataram ao menos 560 civis desde que os protestos começaram há pouco mais de seis semanas.

Agentes de segurança prenderam Hassan Abdel Azim, de 81 anos, em Damasco, e Omar Qashash, de 85 anos, na cidade de Alepo, segundo o centro para a defesa de prisioneiros.

Outros ativistas de direitos humanos disseram que as forças de segurança prenderam 11 mulheres que marcharam em uma demonstração silenciosa só de mulheres no distrito de Salhyia em Damasco no sábado.

A marcha foi em apoio aos moradores da cidade de Deraa, para onde o ditador Bashar al Assad enviou tanques para oprimir uma revolta contra seu governo.

VÍTIMAS

O chefe do Observatório de Direitos Humanos da Síria, Rami Abdul-Rahman, disse que 65 pessoas foram mortas somente nesta sexta-feira, incluindo 36 vítimas em Deraa, 27 na região central de Homs, um em Latakia e outro em Damasco. Desde que a revolta começou, o número de mortos na Síria já soma 535.

Nesta sexta-feira, diante da escalada da violência, o organismo máximo de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a Síria na sexta-feira pelo uso da força letal contra manifestantes pacíficos e lançou uma investigação sobre assassinatos e outros crimes.

O fórum de 47 membros, que realizou uma sessão de emergência a pedido dos Estados Unidos, aprovou a resolução apresentada pelos norte-americanos por 26 votos a favor, 9 contra e 7 abstenções. O Brasil votou a favor da resolução.

"Os Estados membros se uniram para condenar o uso de táticas brutais utilizadas pelo regime de Assad para silenciar a dissidência pacífica", disse em comunicado a embaixadora de direitos humanos dos EUA, Eileen Donahoe.

A urgência para realização da sessão especial foi "evidenciada pelos relatos preocupantes de hoje de que o regime continua a repressão violenta em várias cidades da Síria", acrescentou.





Fonte: Reuters

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