Acusados de matar William Morais dizem que tiro foi acidental
Em audiência na sexta-feira (29), os três acusados de matar o jogador de futebol William Morais, 19, negaram o crime e disseram que o tiro foi acidental. Morais pertencia ao Corinthians, mas estava emprestado ao América (MG). Ele foi morto após um suposto assalto no dia 2 de fevereiro, em Belo Horizonte.
O primeiro a depor à Justiça de Minas Gerais foi o acusado de ter atirado contra o atleta. Ele afirmou que não tentou roubar o jogador e disse que andava armado por segurança, pois estaria sendo ameaçado.
O acusado contou que estava com um colega quando os dois passaram perto da festa de onde William saía, acompanhado de uma amiga. Eles teriam mexido com a mulher, e o jogador foi "tirar satisfação" com os dois.
Segundo o acusado, William "partiu para cima" deles e deu um soco no peito do homem que o acompanhava. O acusado disse que, nesse momento, tirou a arma da cintura "para se defender" e pediu que o jogador se afastasse. Ele afirma que William esbarrou na arma, e que, como ela estava engatilhada, disparou.
Os dois acusados então saíram correndo para a casa de um deles e lá encontraram com outro colega, também acusado de envolvimento no crime. Os três foram presos no mesmo dia.
Na audiência, os outros dois acusados confirmaram o depoimento. A defesa deles contradiz a amiga de William, que o acompanhava na festa e presenciou o crime. Ela reconheceu os três homens na delegacia e reforçou sua versão à Justiça.
A mulher afirma que os três homens abordaram ela e William na saída da festa e anunciaram o assalto. Segundo a polícia, o jogador tentou fugir e levou um tiro na região do tórax.
A audiência de ontem foi a última da fase de instrução do processo. A defesa e a acusação têm prazo de cinco dias para apresentar suas alegações finais. Só então a juíza decidirá se os acusados vão à juri.
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