Natalie Lamour traz um respiro de descontração e humor à trama das 21h
Deborah Secco rouba a cena em Insensato Coração

Com ar ingênuo e querendo passar imagem de boazinha, a loira periguete Natalie Lamour (Deborah Secco) quer mesmo é um marido rico para sustentá-la. E o telespectador curte ver esta divertida saga da anti-heroína.

Mas o que explica tamanha aceitação da personagem? Para Claudino Meyer, pesquisador em teledramaturgia da USP (Universidade de São Paulo) e autor do livro Quem Matou... O Romance Policial na Telenovela, essa empatia com o público se deve a diversos fatores.

- Embora pareça ser uma pessoa lutadora, ela age de má-fé para conseguir o que quer. Mas, mesmo assim, é perdoada pelo público, porque é engraçada e traz um certo ar de comédia à trama. Outro fator de empatia é porque o público se identifica com a própria atriz e com os outros papeis parecidos que ela já viveu, como a Darlene, da novela Celebridade (Globo).

Com protagonistas sem graça, como a Marina (Paola Oliveira) e o certinho Pedro (Eriberto Leão), só mesmo uma personagem mais doidinha para atrair a atenção do público. E Deborah sabe fazer isto muito bem.

Em Celebridade (2003-2004), viveu a manicure Darlene, que também sonhava em ser famosa e fazia coisas impensáveis para isso. O sucesso foi tanto, que até as roupas usadas pela personagem ganharam as ruas. Todas as jovens queriam ser Darlene.

E agora, a história se repete sete anos depois. Assim como a profissional da beleza de Celebridade, em Insensato Coração, Natalie faz de tudo para estar nos holofotes.

Quando quis tornar sério seu relacionamento com o ricaço Cortez (Herson Capri), ela gravou um vídeo da intimidade dos dois e despachou para a casa da mulher dele, Clarice (Ana Beatriz Nogueira), o que provocou a separação do casal. Mas não deu certo. Ela, em vez de ir para o altar, acabou levando uns tabefes do milionário.
 
Já quando quis ser capa sozinha de uma revista, ela não se faz de rogada e jogou sujo para excluir as outras ex-participantes de reality show da publicação. Mas depois tudo deu errado. E o público, é claro, se diverte.