Trabalho da Polícia Civil constatou que objetivo era roubar S10, que seria levada por boliviano
Travesti e cúmplice confessam morte de empresário

A Polícia Civil prendeu em flagrante nesta madrugada dois envolvidos no latrocinio que vitimou o empresário Martin Pompeo de Barros, de 48 anos, dono da Videolocadora Casablanca. Trata-se de um travesti conhecido como Sandi e seu cúmplice, Marcelo. Os dois foram presos no final da noite no bairro CPA e confessaram a participação no roubo seguido de morte.

Segundo o delegado Antônio Carlos Garcia, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o empresário saiu para fazer um programa com o travesti num motel em Várzea Grande. A intenção de Sandi, no entanto, era roubar a picape junto com o cúmplice. O veículo seria entregue para um boliaviano, que tinha como contato um mototaxista.

O travesti então planejou o crime. Conseguiu um barbiturico - composto orgânico para causar sonolência - com um farmacêutico no centro de Cuiabá e colocou na cerveja da vitima. Assim que entraram no motel, colocou o tranquilizante na cerveja. Em seguida, foi morto a pancadas na cabeça e, de lá, Marcelo e Sandi levaram o corpo ao Barreiro Branco e jogaram o cadáver, como comprovou o exame de necrópsia.

A próxima etapa foi deixar a picape no CPA III, onde o boliviano iria buscar a picape, por volta das 8 horas. Ao saber da repercussão do crime, o boliviano teria desistido de levar a S10.

Segundo o delegado Garcia, a investigação foi um trabalho em conjunto com a Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículo onde foi realizado flagrante, que terminou, por volta das 3 horas da madrugada. "Acreditamos que o crime esteja solucionado", frisou.

O delegado Silas Caldeiras, da DERRFVA, pretende ouvir o farmacêutico que vendeu o tranquilizante e o motocilista que seria o intermediário para a receptação da S10.