Márcio Araújo é mais um dos homens defensivos em quem Luiz Felipe Scolari confia para proteger a defesa, sua maior preocupação, sem nem se importar se a torcida o aprova ou não. E quem já teve este posto com o treinador recomendam ao camisa 8 do Palmeiras: aproveite a oportunidade e ignore os gritos das arquibancadas.
Hoje elogiado até por sua técnica em alguns dribles na Roma, da Itália, Rodrigo Taddei nunca chegou nem perto de ser unanimidade entre os palmeirenses, tanto que saiu despercebido do clube que o revelou em 2002. Mas aos 18 anos, em 1998, ganhou de Felipão a oportunidade de ter espaço em um grupo cheio de estrelas contratadas pela Parmalat.
Entre nomes como Velloso, Arce, Júnior Baiano, Oséas, Paulo Nunes, Zinho, Alex e o ainda emergente Marcos, lá estava Taddei entre os campeões da Copa Mercosul em 1998 e presente na maioria das vezes em que o treinador poupava algum titular. O garoto agradava ao chefe por ser tão dedicado que não se limitava a ser volante. Aceitava e cumpria todas as funções como meia ou até lateral.
"Tanto para mim quanto para a rapaziada que subiu na época, ele foi um pai. O Palmeiras tinha muito jogador de nome, e ele nos ajudou bastante. O relacionamento que tive com ele foi ótimo. Torço muito por ele", relembrou Taddei, que aproveitou o espaço para virar nome importante no elenco em 2000 e 2001.
Por isso, ele receita a Márcio Araújo que desfrute ao máximo da experiência como xodó do treinador. "É uma situação diferente da que vivi. Existem menos jogadores famosos hoje do que na época em que subi. O que posso falar é que ele não deve ligar para as críticas da torcida e seguir as ordens do Felipão", comentou. ter me colocado em várias posições. Aprendi muito com isso. Até porque a parte tática, de marcação, é muito mais valorizada na Europa. Isso me fez amadurecer muito", contou o meio-campista da Roma.
Sem improvisações, mas chamado de "brucutu" e "violento" por seu estilo de marcação, Dinho também encontrou em Felipão uma salvação contra possíveis vaias, assim como Márcio Araújo. Depois de ser bicampeão mundial e da Libertadores com o São Paulo em 1992 e 1993, o volante deixou o Santos em 1994 após cair em desgraça com a torcida em poucos meses de clube, acusado de abusar das aparições em baladas .
Dinho chegou ao Grêmio em baixa, mas Scolari o transformou em ídolo do time campeão da Libertadores de 1995, do Brasileiro de 1996, das Copas do Brasil de 1994 e 1997 e dos Gaúchos de 1995 e 1996. Era o xerife à frente da defesa tricolor, com aval para organizar a equipe como um autêntico representante do chefe em campo.
"O Felipão foi um dos melhores técnicos que tive. Minha relação com ele no Grêmio era de treinador para capitão. Era de confiança. Quando as coisas tinham que ser faladas dentro de campo, ele e eu tínhamos essa liberdade", contou Dinho, que hoje agencia jovens jogadores em Porto Alegre em parceria com o ex-meia Carlos Miguel.
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