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Cidades/Geral
Sexta - 29 de Abril de 2011 às 07:09

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Atividades profissionais ligadas à indústria lideram o ranking de acidentes registrados em 2010 pelo Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE) e pelo Ministério Público do Trabalho. O abate e frigorificação de produtos de carne foi responsável por 53 dos 94 acidentes investigados pela SRTE entre janeiro e dezembro de 2010.

Segundo o Ministério Público do Trabalho em MT, existem em tramitação na sede e nas quatro Procuradorias Municipais do Trabalho 389 procedimentos, relativos ao período de 1/1/2010 a 31/3/2011, e que apuram casos de acidentes no meio ambiente de trabalho. O setor da construção é responsável por 55 autuações. Casos de acidentes de trabalho somam 59 e acidentes com morte de trabalhador são 16 procedimentos.

Os dados estão sendo analisados pela Federação dos Trabalhadores na Indústria (FETIEMT), que reúne 16 sindicatos em todo o Estado. O presidente da entidade, Ronei de Lima, mostrou preocupação com o tema, que, segundo ele, já está na pauta de discussão da categoria há muito tempo. Mas para ele, o número de acidentes na indústria é ainda maior que o apresentado, pois a maior parte das empresas não oficializa a ocorrência do acidente por meio do CAT. “Temos orientado tanto os trabalhadores quanto os empresários sobre isso, pois em Mato Grosso ainda não existe a cultura de se investir na saúde e na segurança”, comentou.

Os acidentes retratam a falta de uma política continuada de segurança, diz Ronei de Lima. Segundo ele, é necessário que as empresas invistam mais em proteção coletiva, garantindo um bom ambiente de trabalho. “Por exemplo, se o trabalhador precisa estar em um local barulhento, por que não se elimina o barulho em vez de comprar um tapa ouvido? Muitas vezes a culpa pelo acidente ainda acaba recaindo sobre o trabalhador, mas este não foi orientado corretamente pela empresa”, comenta.

28 de abril

Segundo o relatório da SRTE, dos 94 acidentes registrados em Mato Grosso, 16% (15) foram fatais e 84% (79) não fatais, que vitimaram 101 trabalhadores. Do total investigado, 96,8% (91) correspondeu a acidentes típicos, 1,1% (1) classificou-se como acidente de trajeto (trânsito) e 2,1% (2) casos foram enquadrados pela SRTE como doença profissional ou do trabalho. O mês de agosto foi o que registrou maior índice de ocorrências, com 16 acidentados.

As vítimas de acidentes de trabalho são lembradas pelo movimento sindical no dia 28 de abril. A data em memória às vitimas de acidentes de trabalho surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, espalhando-se por diversos países, por meio de sindicatos, federações, confederações locais e internacionais. Em Mato Grosso, o tema já é pauta de discussão nas diversas negociações coletivas do setor.

O dia foi escolhido em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde no trabalho.

No Brasil, a data foi instituída como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho em 2005.





Fonte: ASCOM

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