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Internacional
Quarta - 27 de Abril de 2011 às 16:22

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Afetado por críticas internacionais à forma como lida com a crise nuclear, o Japão provavelmente incluirá especialistas estrangeiros em uma análise do desastre na usina de Fukushima Daiichi, disse um assessor do primeiro-ministro Naoto Kan nesta quarta-feira.

Kan prometeu conduzir uma análise da crise, na qual as funções de resfriamento da usina nuclear no nordeste japonês foram anuladas pelo tsunami de 15 metros do dia 11 de março, o que levou ao vazamento de radiação no ar e no mar.

"É claro que teremos especialistas japoneses, mas é altamente possível que tenhamos especialistas estrangeiros participando da análise", disse Goshi Hosono, conselheiro especial de Kan, em entrevista coletiva.

"Temos que garantir que os resultados desse exame sejam reconhecidos pela comunidade internacional, dado que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e outros vêm esperando por isso", acrescentou.

Críticos dizem que o Japão demorou a revelar informações detalhadas imediatamente após o terremoto seguido de tsunami que danificou a usina, e que também tardou a informar os países vizinhos quando liberou água radioativa no mar no início deste mês.

O chefe da AIEA, que viajou ao Japão pouco depois que a crise irrompeu, disse a Kan na ocasião que países estrangeiros estavam solicitando mais informações e detalhes.

Hosono declarou que o governo está comprometido com a divulgação detalhada e a tempo, e que será responsável por supervisionar um plano de estabilização dos reatores da operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co (Tepco).

A Tepco tem sido acusada de subestimar os perigos e ignorar alertas sobre o risco de um terremoto seguido de tsunami atingir a usina, assim como de reagir mal aos estragos.

O governo também revisará o papel e a estrutura dos regulamentos nucleares do país em sua inspeção da crise, segundo Hosono.

"É apropriado ter a Agência de Segurança Nuclear e Industrial atuando como reguladora sob o comando da Agência de Recursos Naturais e Energia, que formula políticas de energia nuclear?", indagou.

"Também tenho sérias dúvidas se o papel da Comissão de Energia Atômica, uma organização que faz propostas sobre regulamentos, é suficiente."





Fonte: Reuters

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