Promotores defendem novas formas de revistas em presídios do Estado
Os promotores de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE) defendem que sejam implantadas novas formas de revistas nas penitenciárias de Mato Grosso. No ponto de vista deles, não deve haver exceções durante as visitas feitas aos presos e todos que entram nas unidades prisionais deveriam ser revistados, inclusive policiais e advogados.
“Ninguém é diferente de ninguém. Todos que ingressam nas penitenciárias, até agentes, autoridades e advogados, devem ser revistados”, afirmou o promotor de Justiça Sérgio silva da Costa, responsável pelas investigações que desarticularam uma quadrilha formada por presidiários, agentes prisionais e policiais militares, que fomentava o tráfico de drogas, armas, celulares e bebidas na Penitenciária Central do Estado, Pascoal Ramos.
O mesmo posicionamento é defendido pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o procurador Paulo Prado. Segundo os representantes do MPE, existem formas de revistas mais eficientes e que não expõem tanto as pessoas como infravermelho, laser ou detectores de metal. Atualmente nas unidades prisionais de Mato Grosso realizam as chamadas revistas corporais o que, segundo o procurador, causa constrangimento.
A discussão foi levantada após a constatação da participação de três agentes prisionais e três policiais militares que auxiliavam a quadrilha. Eles eram responsáveis por fazer com que os produtos chegassem até os detentos e, por isso, faziam ‘vistas grossas’ em algumas revistas.
Segundo a assessoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) outras formas de revistas já estão sendo estudadas para serem instaladas nos presídios de Mato Grosso, porém não foram implantadas por questões judiciais.
Comentários