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Policia MT
Quarta - 27 de Abril de 2011 às 14:02

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Quase cinco anos depois da promulgação da Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher ainda é um assunto que carece de conhecimento por parte da sociedade e de políticas públicas para prevenção e recuperação das vítimas e agressores. Para discutir o assunto, a Polícia Judiciária Civil realiza o 3º Seminário sobre Violência Contra a Mulher.

A organizadora do evento, diretora metropolitana adjunta, delegada Sílvia Virginia Biagi Ferrari, anunciou a aquisição em 2011 de uma Delegacia Móvel de Defesa da Mulher, que passará a fazer atendimento à comunidade Grande Cuiabá. “Sabemos que o tempo da violência contra a mulher é muito discutido, muito contubardo, porque muitas vezes as pessoas banalizam esse tipo de crime, uma vez que a violência doméstica e familiar é o que ocorre com mais freqüência. Os profissionais que lidam com esse tipo de violência têm a percepção de que necessitam fazer alguma coisa para minimizá-la e o fazem”, disse.

Para a delegada, não há como detectar se houve aumento da violência, mas sem dúvida houve aumento das denúncias. Virginia citou que uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo, que mostra que a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. Há 10 anos eram oito mulheres a cada dez minutos. “É preciso criar uma cultura de paz”, declarou.

Para chegar a essa estimativa, os pesquisadores projetaram, com base em sua amostra, que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão delas nos doze meses que antecederam a pesquisa. O aspecto positivo dos dados é que eles caíram. Há 10 anos, eram oito as mulheres agredidas a cada dois minutos.

A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher da OAB/MT, Ana Ricarte, disse que os temas foram muito bem escolhidos e reafirmou a parceria incondicional da Ordem dos Advogados em todas as ações e eventos que visam coibir a violência contra a mulher.

“Só entende violência doméstica quem tem empatia para se colocar no lugar daquela mulher que está inserida na violência. É preciso entender o ciclo da violência doméstica”. A constatação é da promotora de Justiça, Sasenasy Soares Rocha Daufenbach, da 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Várzea Grande, Especializada na Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, que ministrou palestra na abertura do 3º Seminário de Violência Contra Mulher, com o tema “A Lei Maria da Penha como instrumento de pacificação dos conflitos familiar e social”. (Com Assessoria)
 





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