Depois de surpreender aos pilotos nas três primeiras corridas da temporada, a Pirelli não sossegou. Mesmo com algumas críticas em meio a muitos elogios, a fábrica italiana afirmou que os pneus produzidos até aqui ainda não são tão bons quanto podem ser, e que os engenheiros ainda têm muito trabalho a fazer para atingir o melhor de seu produto.
Cercados de dúvidas antes do início da temporada, os pneus não mostraram problemas durante os GPs da Austrália, Malásia e China. Somados às novas regras dos carros, as provas ficaram mais disputadas principalmente pelos novos modelos da empresa italiana, que substituiu a japonesa Bridgestone.
Apesar disso, os dirigentes da Pirelli acreditam que os elogios dos fãs e do circo podem acabar se eles pensarem que o trabalho feito até aqui é suficiente, e não atentarem para os fatos ocorridos após cada prova.
"Isso vai variar de prova para prova, e de circuito para circuito, dependendo de qual tipo de pneu for utilizado", explicou Paul Hembery, diretor de esportes a motor da Pirelli, em entrevista ao diário britânico Autosport.
"A próxima prova em Istambul (Turquia) será muito difícil para os pneus, e provavelmente a pior para nós como produtores deles. Então isso mudará o tipo de estratégia utilizada para a corrida. Mas temos adquirido muito crédito com muitas pessoas do meio do esporte, e se continuarmos assim, teremos uma grande temporada", afirmou o dirigente.
Hembery acredita, no entanto, que a Pirelli não terá muitas dificuldades na continuação da temporada, depois de uma difícil ida à Turquia. Para ele, as provas da Espanha, Canadá e Mônaco não serão diferentes das anteriores.
"Acho que Turquia será parecido com a Malásia em termos de desgaste dos pneus, e não pior, porque eles têm uma superfície que provoca muito atrito. Depois da Espanha, teremos Canadá e Mônaco, onde teremos os pneus muito macios e macios", explicou, revelando a atenção especial da fábrica em melhorar a durabilidade dos pneus.
"Estamos nos focando em trabalhar nos pneus duros, para fazer mais voltas. O que fizemos nestas três provas mostrou que perdemos três ou quatro voltas de durabilidade, principalmente com os pneus duros nas superfícies abrasivas. O que não queremos é que as equipes adotem esta mesma estratégia", contou.
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