Quadrilha usou bebê para entrar com droga em presídio
A quadrilha desarticulada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que coordenava a entrada de drogas, celulares, armas e bebidas na Penitenciária Central do Estado, Pascoal Ramos, com o auxílio de policiais militares e agentes prisionais chegou a utilizar um bebê para entrar com entorpecente na unidade prisional.
Durante as investigações comandadas pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi constatado que uma jovem de 22 anos, identificada apenas como Dayane teria tentado entrar no presídio com 73 gramas de maconha que estavam escondidas na fralda de sua filha.
No dia em que a jovem foi presa na unidade com a droga ela havia passado pela revista do policial militar Cássio Rento dos Reis, preso na quarta-feira (20), quando foi deflagrada a Operação Ergástulo, que resultou na prisão de 13 pessoas envolvidas no esquema que fomentava o tráfico no presídio.
Como Cássio Renato já estava sendo investigado, o Gaeco organizou um esquema e a jovem passou por uma segunda revista feita por um policial militar de confiança, que localizou a droga. Apesar de as suspeitas sobre o PM terem sido confirmadas, ele não foi preso, por uma questão de estratégia.
“Ela (Dayane) passou pela revista da revista. O Cássio Renato não foi preso, porque precisava comentar do assunto com os outros integrantes da quadrilha para podermos enquadrá-lo”, afirmou o promotor de Justiça Sérgio Silva da Costa, responsável pelas investigações.
Ao todo, 14 pessoas participavam do esquema, sendo que um agente prisional está foragido e cinco pessoas envolvidas já cumpriam pena na unidade, incluindo o traficante e “cabeça” do grupo, Burt Lancort da Silva Menezes, e sua principal comparsa Liliane Leite da Silva, proprietária de um comércio próximo à penitenciária, onde eram entregues os produtos.
Além de Cássio Renato foram detidos os policiais militares Leonardo de Freitas e Julio Cesar de Amorim e os agentes Ronei José da Silva e Udeson de Souza Lima, que já estava preso.
Assim como Liliane, Aline Laura Ferreira da Silva tinha um comércio perto do presídio e adquiria e guardava as drogas, celulares e chips, entregues posteriormente aos agentes prisionais, que entregavam aos policiais, cuja função era entrar com a droga no presídio sem levantar suspeita.
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